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Dólar cai para R$ 5,11, mesmo em dia de protestos
A onda de bloqueios em rodovias não afetou o mercado financeiro. O dólar caiu pelo segundo dia consecutivo e fechou no valor mais baixo em 40 dias. A bolsa de valores subiu e atingiu o maior nível em dez dias.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (1º) vendido a R$ 5,114, com queda de R$ 0,047 (-0,92%). A cotação chegou a subir para R$ 5,19 por volta das 11h, refletindo a divulgação de dados de emprego na economia norte-americana, mas passou a cair durante a tarde com a entrada de fluxos estrangeiros.
A moeda norte-americana atingiu o menor valor desde 22 de setembro, quando tinha fechado a R$ 5,114. A divisa acumula queda de 8,29%.
O mercado de ações começou o dia com volatilidade, mas depois reagiu. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.929 pontos, com alta de 0,77%. O indicador chegou ao maior nível desde o último dia 21, puxado por ações de mineradoras, de companhias elétricas e de petroleiras.
De manhã, a divulgação de que a economia norte-americana criou mais empregos que o previsto em outubro trouxe tensões ao mercado internacional. Apesar de a indústria ter atingido o menor crescimento em dois anos e meio, o bom desempenho do mercado de trabalho reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros básicos em 0,75 ponto percentual na reunião de amanhã (2).
Mesmo com as instabilidades externas, o cenário interno colaborou para a queda do dólar e a alta da bolsa no Brasil. Os investidores reagiram bem ao anúncio de que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenará os trabalhos de transição para o futuro governo. No fim da tarde, a confirmação, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que o presidente Jair Bolsonaro autorizou o início da troca de informações trouxe mais alívio às negociações.
*Com informações da Reuters