Alckmin diz que novo governo não será 'gastador', mas que é preciso garantir recursos para a proteção social
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quinta-feira (16) que questões relativas à ancoragem e austeridade fiscal serão discutidas pela equipe, mas que isso não será feito nesse momento.
Alckmin ainda afirmou que esse não será "governo gastador", mas citou ser preciso garantir recursos para o pagamento dos programas de transferência de renda, para a manutenção das obras em andamento e também para investimentos.
"O presidente Lula, se pegarmos seus dois mandatos, a marca foi a responsabilidade fiscal. Não vai ser governo gastador, agora, você precisa ter um mínimo para poder, de um lado, garantir a rede de proteção social, ainda mais nesse momento de crise sócio-econômica, e de outro lado o funcionamento do estado", respondeu o vice-presidente eleito, quando questionado sobre discussões relativas à ancoragem fiscal.
"Você não pode parar obra. Não tem recursos sequer previstos no Orçamento do ano que vem para poder dar continuidade às obras. Não há nada mais caro do que obra parada e também ter o mínimo para investimento, porque isso vai ser importante na retomada do crescimento econômico", disse.
O governo provisório organizou um evento nesta quinta-feira, no qual Alckmin anunciou novos nomes que vão compor a equipe. Ao final, o vice-presidente eleito foi questionado sobre a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, para garantir recursos para o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que passará a se chamar Bolsa Família. Ele evitou explicações e apenas acrescentou que os "detalhes de valor e tudo isso" seriam explicitados "logo mais".