Baixa renda mobiliza grandes empresas
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Grandes empresas estão investindo no Costurando Sonhos, um dos projetos de geração de renda do G10 Favelas que já se espalhou para seis grandes comunidades no país.
O que começou como uma oficina de costura, se tornou um loja virtual com modistas vendendo peças exclusivas de marca própria, que já se apresentou na SP Fashion Week.
Nesta semana, a Latam se tornou parceira do programa. A companhia aérea decidiu reciclar os uniformes de seus funcionários. Inicialmente, será doado um lote de cinco toneladas para que sejam reciclados. Segundo a companhia, serão 70 costureiras alocadas para o trabalho.
Segundo a empresa, a iniciativa faz parte da estratégia de cumprir metas da chamada economia circular (reciclagem) ?eliminar plásticos de uso único até 2023 e ser uma empresa com zero resíduos para aterros sanitários até 2027.
Nesta terça-feira (6), o G10, bloco de líderes e empreendedores de comunidades, se reuniu com investidores na B3, em São Paulo. O grupo mantém diversas iniciativas em mais de 180 comunidades em 9 estados. Diversas delas se tornaram empresas lucrativas, como o G10 Bank e a Brasil Favelas Express ?planejam abrir o capital na Bolsa em dois anos e meio.
Santander, Philco e a distribuidora de energia Enel e o banco Santander são alguns dos patrocinadores do Costurando Sonhos.
O presidente da companhia, Max Xavier, foi um dos que participaram do evento na B3. Ele disse ao Painel S.A. que, a partir da iniciativa, sua empresa desenvolveu projetos voltados para a baixa renda.
"Com o Eco-Enel o consumidor de energia pode levar descartáveis para nossos centros de reciclagem e convertê-los em crédito para abater a conta de luz", disse Xavier. "Esse bônus chega a 25% [da conta]."
Segundo o executivo, a empresa também distribui geladeiras e lâmpadas eficientes em comunidades para reduzir o consumo de energia.