Febraban cobra 'reação firme' do estado contra golpistas e Fiesp pede punição

Por DANIELE MADUREIRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou nota neste domingo (8) em repúdio aos atos de vandalismo realizados por golpistas hoje na capital federal, na Praça dos Três Poderes.

"Com mais de meio século de existência, a Febraban, integrante da institucionalidade do país, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito", informou a associação em nota, assinada pelo presidente da instituição, Isaac Sidney.

A associação reúne 120 instituições financeiras, entre elas os maiores bancos privados e públicos do país.

"As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado", diz o texto.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) repudiou os atos, em carta publicada no Twitter em defesa da democracia na noite deste domingo. "A resposta de repúdio da sociedade tem que ser contundente, apoiando a aplicação mais severa dos termos da lei aos agressores da democracia e da civilização. Todos, sem exceção, que tomaram parte nesta absurda sedição precisam ser punidos".

Carlos André, presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), afirmou, em nota, que o Brasil "é um país forte, com instituições democráticas estabelecidas."

"Estamos convictos de que o estado de direito prevalecerá e que seguiremos contribuindo para o desenvolvimento da nossa economia e fortalecimento da nossa sociedade", disse o dirigente da Anbima.

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) manifestou, em nota, "o seu mais profundo repúdio aos atos antidemocráticos e reafirma o compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito".

A confederação afirma confiar "na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifesta nas urnas pela sociedade brasileira."

Também a CNI (Confederação Nacional da Indústria) se posiciona contra "todo e qualquer tipo de manifestação antidemocrática". "Os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar", cobra a instituição, em nota assinada por Robson Braga de Andrade, presidente da entidade.

"A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social", afirma Andrade.

A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) informou, em nota, que "são condenáveis os atos que extrapolam os limites da democracia, promovem depredação do patrimônio público e o desrespeito às instituições e aos símbolos do estado, como os que ocorreram em Brasília, neste domingo."

Paulo Solmucci Jr., presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), informou à reportagem que repudia os atos "com veemência."

"Lamentamos profundamente que extremistas exponham o país à situação tão absurda e que compromete a imagem do país como uma democracia", informou, em nota.

Já a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) afirmou considerar "inadmissíveis quaisquer ações de violência e vandalismo contra o estado democrático". "Defendemos, sempre, o diálogo como forma legítima de manifestação", disse, em nota.

Rafael Cervone, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou em nota que "o Brasil precisa de paz para produzir e voltar a crescer". "Estamos, nós e o mundo, estarrecidos diante dos fatos que aconteceram em Brasília", afirmou.

Segundo ele, atos anti-democráticos contra os poderes da República, vandalismos e ataques ao patrimônio público agridem o estado de direito. "Faltando bom senso, segurança e ordem, o Brasil não avançará."