Ocupação de escritórios de alto padrão sobe no Rio puxada pelo setor público

Por FERNANDA BRIGATTI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O mercado de imóveis corporativos de alto padrão no Rio de Janeiro registrou um aumento no volume de negociações no trimestre final de 2022, segundo monitoramento da consultoria JLL.

A taxa de vacância, indicador do percentual de metros quadrados vagos em relação ao estoque, fechou o ano em 36,7%, a menor desde 2018. Para 2023, a JLL espera que o índice fique ainda menor, em 34,5%, uma vez que o município não tem obras desse tipo em andamento. Ou seja, o estoque não vai crescer.

Vem do setor público o principal fator de aquecimento do mercado imobiliário corporativo no Rio. Os órgãos governamentais responderam por 49% do total de novos negócios realizados no quarto trimestre de 2022, diz a JLL.

A consultoria destaca os 18 mil metros quadrados locados pela Câmara Municipal do Rio e outros 1.500 metros quadrados, pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), ambos na região central da cidade.

Em São Paulo, a JLL destaca a diversidade entre os novos negócios de locação fechados no quarto trimestre de 2022. O retorno da Uber para São Paulo -a empresa havia se mudado para Osasco- foi um dos destaques entre as negociações.

A empresa de tecnologia locou 6.300 metros quadrados no Faria Lima Plaza, um dos edifícios mais novos da zona financeira da capital paulista, no Largo da Batata. No eixo Berrini-Chucri Zaidan, a Brookfield locou 2.800 metros quadrados no WTorre Morumbi.

A capital paulista fechou o ano com uma taxa de vacância de 22,6% em relação aos 33,7 mil metros quadrados do estoque de lajes corporativas de alto padrão.

Para 2023, a consultoria projeta uma leve redução no percentual de metros quadrados vagos (22,4%), ao mesmo tempo que o novo estoque deve crescer em 225 mil metros quadrados.