Febraban reúne bancos em grupo de trabalho sobre real digital
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) abriu um novo grupo de trabalho com a participação de 15 representantes de bancos para atuar no projeto-piloto do real digital, que teve as novas datas anunciadas pelo Banco Central, com início da fase de testes neste mês.
Na pauta, as instituições financeiras vão abordar questões técnicas de segurança, resiliência, interoperabilidade e escala da moeda digital, que é uma extensão do papel-moeda, assegurada e gerida pelo Estado.
A coordenação de grupos de trabalho da Febraban sobre o uso do blockchain para transações financeiras começou há cerca de cinco anos, segundo a entidade. Em 2021, a federação começou a avaliar os diferentes casos de uso do real digital e, no ano passado, participou do Lift Challenge, projeto do Banco Central com membros do mercado financeiro para avaliar o tema.
A princípio, o real digital não deve ser utilizado em larga escala por pessoas físicas. De acordo com a Febraban, ele terá aplicabilidade maior para pessoas jurídicas, e o mercado ainda vai se desenvolver.
"O que estamos construindo é uma infraestrutura que permita a tokenização desses depósitos. E a partir daí, você abre um leque de oportunidades para outros produtos e serviços no sistema financeiro", afirma, em nota, Leandro Vilain, diretor-executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban.