Varejistas pedem ao governo que taxe empresas de comércio eletrônico asiáticas

Por FÁBIO ZANINI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Representantes de entidades varejistas sugeriram a um representante do Ministério da Fazenda em café da manhã nesta terça-feira (11) que o governo taxe o faturamento bruto das empresas estrangeiras de comércio eletrônico.

Só assim, argumentaram, será possível acabar com o que chamaram de "concorrência predatória" com as empresas brasileiras.

O recado foi dado em encontro do qual participaram representantes de entidades como IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo).

Do lado do governo esteve presente o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa. Também participaram deputados federais que acompanham o tema.

Segundo o Painel apurou, o recado dado foi de que a decisão de retirar a isenção tributária de compras até US$ 50 não resolve o problema da sonegação tributária e ainda penaliza o consumidor.

Mais eficiente seria cobrar imposto em cima de produtos vendidos no Brasil por sites como AliExpress, Shein e Shopee, baseados na Ásia. Produtos importados por meio destas plataformas muitas vezes são vendidos na rede varejista brasileira.

O secretário não deu resposta conclusiva sobre o tema. Disse apenas que iria analisar a sugestão.