PF faz busca nas sedes da Empiricus e TC em investigação sobre vídeo de palhaça
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As sedes das empresas de investimentos Empiricus e TC (ex-Traders Club) foram alvo de operação da PF (Polícia Federal) na terça-feira (20) no âmbito de investigação sobre um vídeo que circulou nas redes sociais em meados do ano passado.
Distribuído em grupos de WhatsApp em 28 de junho de 2022, o vídeo mostra uma mulher com maquiagem de palhaço acusando o TC de manipular ações negociadas na Bolsa. Segundo o TC, as insinuações são mentirosas.
Na época, o presidente da empresa de investimento, Pedro Albuquerque, acusou a Empiricus de estar por trás do conteúdo. O executivo disse ter recebido arquivos obtidos de fonte anônima por meio do seu canal de relação com investidores que indicariam o envolvimento da concorrente.
Poucos dias depois, em 8 de julho, o TC protocolou um pedido de investigação na Polícia Federal sobre a autoria do vídeo.
A Empiricus, por sua vez, encomendou um parecer técnico para contestar as acusações. O documento diz haver "elementos substanciais para indicar a falsidade" das imagens de trocas de mensagens em que diretores da empresa supostamente discutem a publicação do vídeo anônimo e difamatório contra o TC.
No final de junho do ano passado, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicou que o TC estaria sob investigação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por suposta manipulação de cotação de ações. No mesmo dia, a empresa divulgou um comunicado ao mercado negando as informações.
Procurada pela reportagem para falar sobre a ação da PF nesta semana, a Empiricus disse que, desde o início das apurações, está contribuindo com a investigação. "A empresa reafirma não ter relação com qualquer ilícito criminal e segue à disposição das autoridades", afirmou.
A PF disse que não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento, bem como não divulga ou confirma nomes de pessoas físicas ou jurídicas investigadas.
Segundo fontes que acompanham o processo, o caso está perto da conclusão com a identificação e responsabilização dos envolvidos.
Procurado, o TC não retornou até a publicação da reportagem.