Lucro do Itaú sobe 14% e alcança R$ 8,7 bilhões no 2º trimestre
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Itaú registrou lucro líquido recorrente de R$ 8,742 bilhões no segundo trimestre de 2023, o que corresponde a um crescimento de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (7). Já na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o resultado representou um avanço de 3,6%.
Entre os fatores que mais influenciaram os resultados, o banco cita o aumento de 13,4% da margem financeira com clientes (receitas com a intermediação financeira de operações de crédito) na comparação anual, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira, associado à gradual mudança do
mix de créditos com melhores spreads (diferença entre os juros que o banco paga para captar dinheiro em relação ao cobrado dos clientes).
O crescimento de 16,8% da receita de seguros também é apontado entre as principais contribuições positivas para o lucro do período.
"Nossos resultados no segundo trimestre refletem os avanços na agenda de transformação do banco e
a consistência na nossa capacidade de entregar resultados sólidos e sustentáveis ao longo do tempo", afirmou Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú, em nota.
O executivo disse também que inicia a segunda metade do ano otimista com as perspectivas para o
futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no país.
A carteira de crédito do banco encerrou junho em R$ 1,151 trilhão, evolução de 6,2% em bases anuais. Na comparação trimestral, a carteira ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1%.
A carteira de pessoas físicas totalizou R$ 405,4 bilhões, alta de 8,9% na comparação anual e de 0,6% na margem. Os destaques, na comparação anual, foram os crescimentos de 21,1% em crédito pessoal;
17,0% em crédito imobiliário; e 6,2% em crédito consignado.
O índice de inadimplência, por sua vez, chegou a 3% ao final do trimestre, contra 2,7% em igual intervalo de 2022 e 2,9% em março.
Entre as pessoas físicas, a taxa de atrasos alcançou 4,9% em junho, ante 4,4% no mesmo mês de 2022, permanecendo estável na comparação com o primeiro trimestre.
Já entre as micro, pequenas e médias empresas, o índice de inadimplência encerrou o trimestre em 2,5%, contra 2,2% há um ano e 2,3% em março. Entre as grandes empresas, os atrasos ficaram em 0,1%, o mesmo patamar de junho de 2022 e de março de 2023.
A reserva contra calotes (despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa) totalizou R$ 9,609 bilhões de abril a junho, alta de 23% em bases anuais e de 6,7% na comparação trimestral.
Na linha de receitas de serviços e seguros, o banco reportou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2022, impulsionada pelo aumento do faturamento de cartões, pelo crescimento das receitas de administração de consórcios e pelo aumento dos prêmios.
Frente ao resultado do primeiro semestre, o banco revisou para baixo a projeção para o crescimento da linha de receitas de serviços e seguros para o ano fechado de 2023. A estimativa era de uma expansão entre 7,5% e 10,5% para o ano, e foi reduzida para um intervalo entre 5% e 7%.
Os resultados apresentados pelo Itaú fizeram com que o ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado), que indica a rentabilidade da operação, tenha alcançado 20,9%, ante 20,8% em junho do ano passado e 20,7% no primeiro trimestre de 2023.
"O aumento sequencial e gradativo da nossa rentabilidade, a estabilização dos índices de atraso e a melhoria contínua do nosso índice de eficiência foram os destaques do nosso segundo trimestre", afirmou Alexsandro Broedel, diretor financeiro do Itaú.
RAIO-X | ITAÚ UNIBANCO
Fundação: 2008, ano de fusão do Banco Itaú e do Unibanco
Lucro líquido no 2º trimestre de 2023: R$ 8,742 bilhões
Agências: 2.639
Funcionários: 99,9 mil
Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal