Tesouro Nacional deve emitir títulos 'sustentáveis' em setembro, diz Fazenda
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o Conselho Monetário Nacional vai dar aval nesta quinta-feira (24) para a primeira emissão de títulos sustentáveis do Tesouro Nacional.
A expectativa da Fazenda é que sejam arrecadados em torno de US$ 2 bilhões com a venda dos títulos, emitidos a partir de setembro.
Segundo Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, os recursos serão destinados para o Fundo Clima, na modalidade reembolsável (a outra modalidade é a doação, em que os recursos não podem ser retirados pelos doadores)..
A intenção de lançar os títulos sustentáveis foi antecipada à Folha de S.Paulo pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Durigan participou de reunião do Comitê Gestor do Fundo Clima, na sede do Ibama em Brasília. Em suas fala, anunciou que o Conselho Monetário Nacional vai aprovar duas medidas, sendo uma delas para disciplinar a operação do Fundo Clima.
O relançamento do Fundo Clima está previsto para acontecer na tarde desta quinta-feira (24). Pela manhã, houve a reunião do Comitê Gestor do fundo, que teve a apresentação do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
Marina Silva celebrou o relançamento do Fundo Clima, com a perspectiva de destinação de R$ 10 bilhões a partir da emissão dos títulos sustentáveis.
"É por isso que é muito bom a gente construir a casa com fundamentos robustos porque depois ela suporta outras partes, outras estruturas para que a gente possa criar outros cômodos. E é isso que está acontecendo agora com o Fundo Clima, essa possibilidade de fazer uma captação, algo em torno de R$ 10 bilhões nessa agenda, só é possível porque tem um fundamento robusto", disse Marina Silva
Também presente na reunião, Alckmin também afirmou que pode haver a antecipação do aumento de percentual de óleo diesel no diesel, para 15%. A porcentagem atual é 12% e a previsão é que fosse a 13% no ano que vem e chegasse só em 2026 a 15%.