Inflação de novembro acelera a 0,28% com pressão de alimentos

Por LEONARDO VIECELI

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Pressionada por alimentos, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou a 0,28% em novembro, após marcar 0,24% em outubro.

É o que apontam dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,29% em novembro.

Com o novo resultado, o IPCA acumulou inflação de 4,68% em 12 meses, indicou o IBGE. Nesse recorte, a alta era de 4,82% até outubro.

O IPCA serve como referência para o regime de metas de inflação do BC (Banco Central). No acumulado de 2023, o centro da medida perseguida pela autoridade monetária é de 3,25%.

A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo até dezembro.

Na mediana, analistas do mercado financeiro projetam variação de 4,51% no acumulado de 2023, abaixo do teto da meta (4,75%), de acordo com a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda (11) pelo BC.

Nesta terça, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) inicia a última reunião deste ano para definir o patamar da taxa básica de juros (Selic), o principal instrumento de controle da inflação. O encontro será retomado nesta quarta (13), quando a decisão do colegiado será comunicada.

Com a trégua do IPCA nos últimos meses, analistas esperam que o Copom dê continuidade ao ciclo de cortes da taxa de juros. A expectativa é de uma nova redução de 0,5 ponto percentual, que levaria a Selic a 11,75% ao ano.