Dólar cai e Bolsa tem leve alta com surpresa em dados americanos

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nesta quinta-feira (15), o dólar e a Bolsa de Valores brasileira oscilam perto da estabilidade após a divulgação de dados da economia dos Estados Unidos.

Por volta das 10h54, o dólar recuava 0,14%, a R$ 4,9643, depois de ter subido na para R$ 4,97 na véspera, em alta de 0,27%, em sessão reduzida e de pouca liquidez, com investidores se ajustando aos dados americanos de terça ?quando o mercado brasileiro estava fechado para o Carnaval. Já o Ibovespa subia 0,10%, a 127.154 pontos.

Nesta manhã, o governo americano divulgou que as vendas do varejo no país caíram 0,8% em janeiro, mais que os 0,2% esperados por economistas consultados pela Bloomberg, na comparação com dezembro. A alta de 0,6% do mês anterior, por sua vez, foi revisada para 0,4%.

Os dados sugerem que a economia americana pode não estar perdendo força, o que aliviaria a inflação e abriria caminho para o Fed (Banco Central dos EUA) cortar juros.

Outro dado do governo americano divulgado nesta quinta vai no caminho contrário. Na semana passada, 212 mil americanos pediram auxílio desemprego, 8.000 a menos que na semana anterior. Economistas esperavam a manutenção no ritmo dos pedidos em 220 mil.

O dado indica que o mercado de trabalho nos EUA continua resiliente, o que tende a fortalecer os preços, já que o poder de consumo segue forte.

Na esteira dos dados, investidores aumentaram suas apostas em corte dos juros pelo Banco da Inglaterra este ano, uma vez que afrouxar a política monetária pode oferecer um respiro para a economia.

Ajudando ainda mais o sentimento global, autoridades do Banco Central Europeu (BCE) disseram nesta quinta-feira que a inflação na zona do euro está voltando para a meta de 2% da instituição, embora tenham pedido mais evidências antes de cortar os juros.

Juros mais baixos nas economias avançadas tendem a elevar a atratividade de moedas de países emergentes, que, embora sejam mais arriscados, também costumam ser mais rentáveis. No entanto, ao contrário da Europa, os Estados Unidos têm mostrado resiliência econômica, o que deixa operadores na expectativa por mais dados norte-americanos.