Abilio Diniz é velado no salão nobre do estádio Morumbis
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O corpo do empresário Abilio Diniz está velado nesta segunda-feira (19) no salão nobre do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbis, na zona oeste da capital paulista.
Torcedor do São Paulo Futebol Clube, Diniz morreu na noite de domingo, aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite.
O velório é aberto ao público, mas a presença de jornalistas só é permitida por alguns minutos, com acompanhamento proibição de entrevistas ou uso de celular. A família de Diniz não falou com os repórteres, nem do lado de fora.
O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) chegou por volta das 13h25 e saiu, sem falar com a imprensa, às 13h55.
Em rede social, Alckmin afirmou que a vitalidade, dedicação ao trabalho e fé no Brasil, de Diniz, formaram grandes lições de vida.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou acompanhado do governador do Amazonas, Helder Barbalho (MDB).
Horas antes, Temer participava de reunião do conselho da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo, onde também estava Alckmin, e disse ter pedido aplausos aos presentes em homenagem ao empresário.
"[Ele fará] uma falta extraordinária pela sensatez, pelo equilíbrio, pela ponderação, pela moderação, que é o que Brasil precisa muito", disse o ex-presidente.
No salão nobre do estádio, que uma hora antes do encerramento do velório, estava cheio, é possível chegar junto ao caixão, que tem uma bandeira do São Paulo Futebol Clube e uma do Brasil.
São-paulino fanático, Diniz costumava ligar para a diretoria do clube, e até para jogadores, para reclamar quando o time perdia.
"Às vezes, quando perdíamos um jogo e eu ia para o vestiário, ele já estava me ligando", disse o presidente do São Paulo Futebol Clube, Júlio Casares, no início da tarde desta segunda-feira (19), em entrevista no Morumbis.
Durante a cerimônia, a música "O que é o que é", de Gonzaguinha, foi tocada em homenagem ao empresário.
Entre personalidades, passaram pelo velório o apresentador Luciano Huck e o piloto Felipe Massa. O velório reuniu vários empresários e executivos, como Stéphane Maquaire, CEO do grupo Carrrefour.
Há centenas de coroas de flores de instituições financeiras, de torcida organizada do São Paulo, e de famílias, como a Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim.
Abilio Diniz impulsionou o Grupo Pão de Açúcar a um gigante no comércio varejista ao lado do pai. Por isso, era considerado um dos maiores líderes do mundo corporativo brasileiro.
Ele começou a passar mal durante viagem que fez a Aspen, no Colorado, Estados Unidos, e precisou voltar ao Brasil às pressas em um avião adaptado com uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Diniz estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o final de janeiro.
A morte acontece um ano e meio depois de Abilio perder seu filho, João Paulo Diniz, aos 58 anos, após um mal súbito. Na época, o empresário disse que a perda foi o golpe mais duro que poderia receber. "Estou sem chão", disse em uma publicação nas redes sociais. "A dor que sinto é inexplicável."