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Educação Alternativa atrav?s do m?todo de projetos
Educa??o alternativa atrav?s do m?todo de projetos
Crian?as saem da rotina, aprendem a fazer pesquisas
e s?o estimuladas a ter interesse pelas aulas
Thiago Werneck
Colabora??o
08/08/2007
Colabora??o
08/08/2007
Uma forma diferente de ensinar. Ao inv?s de seguir livros e ser um "transmissor de conte?dos", o professor ? quem se transforma em pesquisador. O aluno, por sua vez, deixa de apenas ouvir as mat?rias e se torna agente ativo dentro do seu pr?prio aprendizado. ? a forma de ensinar atrav?s de projetos que j? ? utilizada por uma escola em Juiz de Fora no Ensino Infantil e de primeira a quarta s?ries.
Nada de ir para frente da sala e come?ar a passar atividades e mat?rias. O m?todo trabalha com d?vidas e curiosidades dos alunos. O professor monta uma roda de conversa com a turma e fica atento para qual assunto desperta maior interesse e d?vidas para as crian?as. A partir desse tema, ele prop?e um projeto aos alunos que s?o incentivados a pesquisar.
No trabalho, o professor faz a lista cognitiva com tr?s ?tens: o que os alunos j? sabem, o que eles querem saber e como eles ir?o pesquisar. A partir da? crian?as de tr?s anos j? s?o incentivadas a fazerem entrevistas e buscar evid?ncias sobre o assunto. Os alunos s?o estimulados a aprender, de forma diferente, todos os conte?dos cobrados nos programas curriculares das escolas convencionais.
Est?mulo ao aluno
"As crian?as sugerem a problem?tica e por isso mostram interesse durante todo o projeto. Vou te dar um exemplo simples que vem da quest?o "de onde vem o leite?". A partir dessa indaga??o vamos fazer trabalho de campo com eles que, por exemplo, v?o ver como se faz a ordenha de uma vaca, como ? feito o queijo e muitas outras coisas", explica.
O assunto cresce e vira um projeto de ensino da turma. "O interesse deles
? enorme, sempre querem saber mais. E sem eles perceberem, trabalhamos o portugu?s, a matem?tica, a hist?ria, geografia e at? o ingl?s. Eles aprendem
tudo que aprenderiam em uma escola tradicional"
, ressalta M?nica.
Para a professora, a vantagem est? na forma??o do aluno, que sai mais preparado para o mercado profissional sem perder o tempo t?pico da inf?ncia. "Eles j?
saem daqui sabendo fazer uma pesquisa com facilidade e t?m mais aten??o no que
aprendem, n?o ficam dispersos na sala de aula. Tudo sem perder, sem estar em um regime
r?gido, podendo aproveitar a inf?ncia"
, conta.
O segredo do m?todo de projetos ? a forma de estimular as crian?as. Nos jogos, leituras e trabalho de campo, os professores devem ter uma
boa percep??o para acompanhar o ritmo da crian?a e incentiv?-las a aprender o conte?do program?tico, de acordo com o interesse de cada uma.
"Para aplicar o projeto, todos os professores t?m que estar preparados e cientes de como v?o fazer isso"
, destaca M?nica.
Segundo a professora, ? preciso trabalhar as intelig?ncias m?ltiplas e emocionais
das crian?as. O respons?vel pela aula deve ter essa percep??o para conseguir
explorar os potenciais dos alunos e entender um pouco da forma de agir de cada
um. "O ideal ? que haja no m?ximo 15 alunos por turma. S? assim eles
podem receber a aten??o devida"
, afirma M?nica.
Participa??o dos pais
A participa??o dos pais se torna importante para aplica??o do projeto. M?nica conta que v?rios deles j? deram palestras nas aulas."Quando fal?vamos de peixe, um pai mergulhador veio e trouxe todo material, mostrou para os alunos. O mesmo aconteceu quando o assunto era abelha e um pai trouxe at? colm?ia. Eles participam ativamente e isso faz com que as crian?as se sintam melhores na escola", relata.
Quanto mais novo o aluno, mais simples se tornam os projetos. Apesar disso, o foco no est?mulo e m?todos ? o mesmo. At? a quarta s?rie nenhum dos professores trabalha com
livro. Esse m?todo de educa??o por projetos ? embasado na teoria desenvolvida
pelo educador espanhol, Fernando Hern?ndez. Para M?nica, uma
frase de Tiago Ad?o Lara resume o trabalho que ? feito: "Eu n?o tenho o caminho novo o que tenho ? o jeito novo de caminhar"
.
*Thiago Werneck ? estudante de Comunica??o Social da Universidade Federal de Juiz de Fora