Diferentes interpretações sobre piso salarial são motivo de desacordo entre Prefeitura e professores
Diferentes interpretações sobre piso salarial são motivo de desacordo entre Prefeitura e professores
Repórter
Professores da rede municipal de ensino de Juiz de Fora reuniram-se, na tarde desta segunda-feira, 29 de agosto, com o secretário de Administração e Recursos Humanos (SARH), Vitor Valverde, e com a secretária de Educação (SE), Eleuza Maria Barbosa. Durante a reunião, diferentes interpretações sobre piso salarial foram motivo de desacordo entre Prefeitura e professores.
Durante o encontro, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) reafirmou sua posição a respeito do piso nacional salarial. Em nota encaminhada pela assessoria da SARH, o Executivo municipal defende que "já paga aos professores da rede municipal muito mais do que o previsto na Lei".
Ainda segundo o documento, a Prefeitura destaca que o menor salário pago à categoria equivale a R$ 769,81, enquanto o maior é de R$ 2.520,60, ambos referentes a 20 horas semanais. "Portanto, nosso menor salário (...) é quase 30% maior que o piso", aponta a nota.
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Para o presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro), Flávio Bitarello, a PJF continua com a interpretação equivocada da lei. "Infelizmente, os representantes da Prefeitura recusam-se a aplicar a lei, insistindo na proporcionalidade. Não aceitamos e, com isso, a greve será mantida." Ele afirma que o movimento, deflagrado no último dia 16, conta com adesão de 85% dos profissionais.
1/3 da carga horária
Segundo Bitarello, a PJF só admitiu rever o item da pauta de reivindicações que trata de 1/3 da carga horária ser destinada a atividades extraclasse. "Mas, ainda assim, afirmou não contar com recursos financeiros." A informação foi confirmada na nota que mencionou que a questão está disciplinada pela Lei do Piso, sendo de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), que deve transferir cota extra para este atendimento. "Neste sentido, a Prefeitura de Juiz de Fora está enviando, nos próximos dias, um pedido ao MEC, solicitando esse recurso."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken