Justiça considera greve dos professores estaduais ilegal

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Sexta-feira, 16 de setembro de 2011, atualizada às 18h49

Justiça considera greve dos professores estaduais ilegal

Jorge Júnior
Repórter

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu nesta sexta-feira, 16 de setembro, liminar favorável à ilegalidade da greve dos professores da rede estadual de ensino, que completa 101 dias. De acordo com a assessoria de imprensa do TJMG, a resolução determina o fim imediato do movimento e o retorno das aulas, nesta segunda-feira, 19.

O pedido de liminar contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) foi recebido pela 2ª Câmara Cível na quinta-feira, 15, e distribuído para o relator, o desembargador Roney Oliveira.

A assessoria informou ainda, que caso a decisão seja descumprida, está previsto o pagamento de multa gradativa de R$ 20 mil pelo primeiro dia de continuidade do movimento, a contar de segunda-feira, R$ 30 mil pelo segundo dia, R$ 40 mil pelo terceiro e R$ 50 mil pelos dias subsequentes, limitado o montante da pena a R$ 600 mil.

A resolução, de acordo com a presidente do Sind-UTE local, Victória de Fátima de Mello, não vai enfraquecer o movimento. "A decisão não é surpreendedora, uma vez que a justiça segue as ordens do governador. O movimento vai continuar e nós só vamos acabar com a greve, quando conseguirmos resolver esse impasse", afirma Victória. Sobre a multa, a professora diz que, no ano passado, o sindicato conseguiu negociar com o governo. "De maneira nenhuma vamos desistir. Vamos lutar até o fim."