Alunos e professores classificam como médio o grau de dificuldade do Enem

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Alunos e professores classificam como médio o grau de dificuldade do Enem Juiz de Fora teve, no primeiro dia do exame, 25,37% de ausência. No domingo, o percentual de abstenções subiu para 27,39%

Aline Furtado
Repórter
24/10/2011

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último final de semana, foi considerado de grau de dificuldade médio por estudantes e professores de Juiz de Fora.

Para a estudante Natália da Fonseca Silva, que tenta uma vaga no curso de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o primeiro dia de prova foi o mais tranquilo. "Era preciso ter muita atenção, já que os enunciados estavam longos. O bom é que não percebi nenhuma 'pegadinha', isso acabou facilitando."

No primeiro dia do exame, sábado, 22 de outubro, os estudantes responderam a questões de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências naturais e suas tecnologias. "As questões não estavam fáceis para quem decorou a matéria. Era preciso analisar bem as perguntas. O aluno que esteve ligado em temas atuais conseguiu se sair melhor. Um exemplo foi a prova de ciências naturais e suas tecnologias, que abordou temas como problemas de saúde e impactos ambientais", destaca o coordenador de um curso da cidade, Marcos Vinícius Pacheco.

Ainda com relação ao primeiro dia, a candidata ao curso de Arquitetura da UFJF, Márcia Alves de Freitas, afirma ter tido dificuldade nas provas de química e física. "Em química, por exemplo, era preciso relembrar todo o conteúdo para resolver as questões. Além disso, teve muita coisa relacionada aos temas da atualidade."

No domingo, dia 23, foram aplicadas provas relativas às áreas de Linguagens, códigos e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias, além da redação. Para o professor de matemática de um colégio da cidade, Marcelo Costa, a prova deste ano apresentou grau de dificuldade menor do que nos anos anteriores. "As questões estão mais diretas. Mas era fundamental que o aluno tivesse atenção e calma, já que uma só questão envolvia várias operações."

Para o aluno Heitor Motta Fernandes, que tenta uma vaga no curso de Medicina na UFJF, a prova de Linguagens, códigos e suas tecnologias, no segundo dia do exame, foi a mais cansativa. "Os textos eram muito longos, o que era piorado pelo fato de contar com 90 questões." Já a prova de redação trouxe um tema atual, a discussão sobre o público e o privado nas redes sociais. "O fato de tratar de um tema que está presente no nosso dia a dia, acabou facilitando a dissertação", aponta Fernandes.

Abstenções

Segundo informações do Inep, o primeiro dia de provas registrou, em Juiz de Fora, 25,37% de ausência. O índice foi superior ao verificado em todo o país, equivalente a 25,29%. No domingo, o percentual de abstenções na cidade subiu para 27,39%, contra 27,64% em todo o Brasil. A assessoria do Inep afirma que não foi registrado qualquer tipo de imprevisto na cidade.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken