Manifestação em escola no São Benedito denuncia superlotação em salas

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Sexta-feira, 30 de março de 2012, atualizada às 12h57

Manifestação em escola no São Benedito denuncia superlotação em salas de aula

Nathália Carvalho
*Colaboração

Professores, estudantes e pais realizaram uma manifestação na Escola Estadual Lindolfo Gomes, no bairro São Benedito, para protestar contra a superlotação de alunos nas salas de aula. Por volta das 7h da manhã desta sexta-feira, 30 de março, representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) estiveram no local com os manifestantes para explicar as reivindicações da Escola.

De acordo com a Coordenadora de Comunicação da subsede de Juiz de Fora do Sind-UTE, Yara Aquino, o problema deve-se ao fato de o Governo Estadual ter permitido que duas salas de aula ficassem com número de estudantes superior ao que é permitido pela Lei. "A situação da escola é complicada. Já tivemos este problema em outras escolas e, através das manifestações, conseguimos reverter esse quadro. É o que pretendemos agora aqui no São Benedito e para isso, passamos o abaixo-assinado para toda a comunidade do bairro", comenta Yara.

Além do problema da superlotação, Yara lembra ainda que existem casos de agrupamento de faixas etárias diferentes na mesma turma. "Temos relato de alunos que ficam para fora da sala e outros de professores que chegam ao ponto de pisar em alunos enquanto estão lecionando, pela falta de espaço. E, como temos uma estrutura fraca na escola, a situação agrava-se ainda mais, principalmente pela união de estudantes de idades diferentes no mesmo local."

De acordo com informações do Sind-UTE, o ideal é que a ocupação nas salas de aula seja de até 25 alunos no caso do Ensino Infantil, 35 alunos no Ensino Fundamental e 40 no Ensino Médio. O abaixo-assinado será recolhido e a previsão é que seja entregue à Superintendência Estadual de Ensino na semana que vem.

A Secretaria de Estado de Educação informou, por meio de sua assessoria, que havia na escola quatro turmas do 6º ano do ensino fundamental. Juntas, elas totalizavam 101 alunos. Ainda de acordo com a assessoria, a direção da escola entendeu que não se justificava a abertura das quatro turmas, e fechou uma delas, redistribuindo os alunos nas outras três, ficando cada turma, em média, com 34 estudantes, número considerado "razoável" pela Secretaria de Estado de Educação.

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF