Servidores federais bloqueiam portções de acesso é UFJF

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Servidores federais bloqueiam port?es de acesso ? UFJF
Terça-feira, 31 de julho de 2012, atualizada às 12h40

Servidores federais bloqueiam portões de acesso à UFJF e trânsito fica congestionado

Nathália Carvalho
*Colaboração

Funcionários técnico-administrativos em educação, em greve há cerca de 50 dias, acompanhados de um grupo de alunos, realizaram uma manifestação em que bloqueavam a entrada de veículos e pessoas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O ato teve início por volta das 7h da manhã desta terça-feira, 31 de julho, e a expectativa era dar continuidade até as 19h. O protesto foi realizado, paralelamente, em outras cidades e faz parte de uma mobilização nacional sincronizada de intensificação da greve.

Com o bloqueio dos pórticos sul e norte, nenhum motorista conseguiu transitar pelo campus durante o dia. Nos portões da universidade, um grupo de manifestantes impedia a passagem de pessoas e veículos, e prestava informações a respeito dos caminhos alternativos para quem utiliza o campus como trajeto diário. Com o bloqueio, o trânsito nos arredores das dependências da UFJF e ao longo da avenida Itamar Franco ficou congestionado e foi possível observar engarrafamento de carros até a altura da Curva do Lacet.

Funcionários que pretendiam seguir até algum ponto de trabalho da universidade foram obrigados a seguir a pé, enquanto alguns preferiram voltar para casa. Porém, segundo a representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Sintufejuf), Maria Ângela Costa, sindicalistas percorreram os setores e dependências da UFJF para pedir que os funcionários e pedestres se retirassem. A servidora diz lamentar pelo transtorno causado, "mas esta é a única forma que temos de buscar os nossos direitos."

Reivindicações

A maioria dos serviços da UFJF, prestados em escala de greve, não tiveram funcionamento durante o dia. De acordo com Maria Ângela, a medida foi necessária como forma de radicalizar o movimento e chamar a atenção do governo. "O governo não negocia, precisamos agir de alguma forma. Ainda estamos funcionando em escala mínima para atender eventuais urgências, mas, caso não haja acordo, vamos intensificar o movimento até paralisar de vez a Universidade."

Segundo Maria Ângela, a atividade é também uma forma de protesto às recentes deliberações do Governo Federal, como o decreto que autoriza a substituição dos servidores federais por estaduais e municipais e a ameaça de corte de ponto dos grevistas. Ela lembra ainda que os docentes federais, também em greve, já receberam duas propostas do Governo enquanto os técnico-administrativos não avançaram em nenhuma das reivindicações. "Isto é um absurdo, uma falta de respeito essa negação do diálogo conosco", lamenta.

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Mariana Benicá