Sinpro mantêm indicativo de greve e rejeita proposta da PJF
Sinpro mantém indicativo de greve e rejeita proposta da PJF
Uma das medidas a serem adotadas pelos profissionais é a redução de cinco minutos em cada aula dada, totalizando, assim, 25 minutos a menos de atividades diárias
*Colaboração
1º/3/2013
Representantes do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora reuniram-se em assembleia nesta sexta-feira, 1º de março, com educadores da rede municipal, a fim de discutir assuntos como reajuste salarial, além de problemas que a categoria vem enfrentando. Uma das principais questões abordadas durante o encontro diz respeito à jornada de trabalho. Na ocasião, professores reforçaram a posição contrária à jornada extraclasse de 1/4.
A proposta da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) é que a redução da jornadade 1/4 para 1/3 ocorra somente em janeiro de 2014. Por não terem suas reivindicações atendidas, os professores mantiveram o indicativo de greve. Contudo, antes de deflagarem o movimento, a partir desta terça-feira, 5, todos os professores irão terminar suas aulas cinco minutos antes do horário, acarretando, assim, o encerramento das atividades 25 minutos mais cedo todos os dias. A medida vale para todos os funcionários das escolas.
Além da redução da jornada foram discutidos temas como a necessidade de abertura de concursos para várias disciplinas, convocação e contratação de professores antes do término do ano letivo, contração de vice-diretores para todas as escolas da rede, garantia do cumprimento de atividade extraclasse, entre outros.
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Um dos coordenadores do sindicato, Roberto Cupolillo (Betão), destacou que todos os assuntos discutidos serão protocolados, a fim de serem apresentados na próxima reunião com a Prefeitura. De acordo com a lei, a jornada cumprida pelos professores deve ser de 1/3, ou seja, 20 horas trabalhadas por semana são divididas entre 13h20 em sala de aula e 6h40 em atividades extraclasse. Mas em Juiz de Fora não é assim. 'Cumprimos uma jornada de 15 horas em sala de aula e 5 horas de atividade extraclasse', explica o coordenador. São consideradas atividades extraclasse preparação de aula, correção de provas, atendimentos a alunos, entre outras.
A professora Natália Mutti Lorie, que ministrada aulas nas escolas Belmira Duarte Dias e Olinda de Paula Magalhães, aponta seu posicionamento. 'Qualquer discussão é válida, a fim de conseguir o objetivo principal. Antes de fazermos greve, nós temos que tentar outros recursos. Com o horário reduzido, a comunidade pode apoiar e exigir da Prefeitura uma solução', afirma a professora.
No dia 13 será realizada uma nova reunião para negociação entre o sindicato e a PJF. No dia 14, os professores irão paralisar as atividades, com intenção de realização de nova assembleia.
*Cintia Charlene é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF