Professores mantêm indicativo de greve
Professores mantêm indicativo de greve e aguardam o posicionamento da PJF
Entre as principais reivindicações, está aplicação da lei do piso, com reajuste a partir de janeiro
*Colaboração
18/4/2013
Os professores municipais, que paralisaram as atividades nas últimas 48 horas, se reuniram em assembleia, na tarde desta quinta-feira, 18 de abril, para decidirem quais serão os próximos passos da categoria.
De acordo com um dos coordenadores do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), Roberto Cupolillo (Betão), a audiência na Câmara e a passeata realizada na última quarta-feira teve efeito positivo para o movimento. "Foi importante porque ajudou a Prefeitura a se mover diante de uma situação que ela estava parada. Agora, foi afirmado que a classe vai receber uma proposta efetiva na próxima segunda-feira [22 de abril], o que nos interessa muito."
Na assembleia foi decidido, por unanimidade, que a grupo manterá o indicativo de greve, a redução de 5 minutos em cada aula e a participação na paralisação nacional que ocorre nos dias 23, 24 e 25. "Durante este período vamos fazer vários movimentos em Juiz de Fora, como abaixo assinados e banca no Calçadão. Além disso, vamos aos bairros informar à população o que está acontecendo e analisar a proposta que a Prefeitura vai nos apresentar', destaca o Betão.
A professora da Escola Municipal Dilermando Martins, Virgínia Paes, é a favor da paralisação. Ela acredita que as propostas estão sendo bem encaminhadas pelo sindicato. 'Nos temos que juntar nossa luta a luta nacional pelo piso. E saindo uma greve semana que vem, vai reforçar o movimento tanto em Juiz de Fora quanto no país.'
- Em paralisação, professores municipais fazem manifestação e ameaçam greve
- Audiência pública discute situação das escolas estaduais de JF
- Pronatec oferece oito novos cursos profissionalizantes em JF
A professora da Escola Municipal José Calil Ahouagi, Gustamara Freitas, destacou a importância do professor na rua, colocando a população a par do que está acontecendo dentro das escolas. "Quando estávamos na Câmara, conseguimos dar voz não só para o nosso movimento, mas também para a comunidade que estava ali, que também está insatisfeita com o que esta acontecendo na saúde e na educação", afirma.
Os professores têm outro encontro na terça-feira, 22 de abril, e na quinta-feira, 25. Se a Prefeitura não apresentar uma proposta que atenda as necessidades da categoria, será deflagrada a greve. Após a reunião o grupo seguiu em passeata, rumo à praça Antônio Carlos, cantando uma música que sintetizava a atuação do atual Governo. Entre as principais reivindicações estão aplicação da lei do piso, com reajuste a partir de janeiro, totalizando 12%, com efeito cascata para atender a todos professores, melhores condições de trabalho e redução da jornada para 1/3, dentre outras.
*Cintia Charlene é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF