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Após demissões, professores e funcionários do Granbery estão sem receber
Editor
Professores e funcionários do Instituto Metodista Granbery criaram uma petição na internet denunciando atraso nos pagamentos. Segundo a mensagem, alguns colaboradores já estão há dois meses sem receber. "Diante dessa situação dos professores e demais profissionais do Instituto Metodista Granbery, viemos através deste abaixo-assinado manifestar nosso repúdio e nossa total insatisfação, uma vez que tais atitudes afetam diretamente a prestação de um serviço de excelência. Pedimos que tal pagamento seja feito de imediato. Além disso, solicitamos reuniões com os pais de cada segmento para que se faça os esclarecimentos necessários."
O abaixo-assinado pretende chegar a 200 assinaturas. Até o fechamento desta nota, 193 pessoas já haviam aderindo ao manifesto.
Em nota, o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) declarou que "o Departamento Jurídico do Sinpro-JF entrou com uma ação civil pública na Justiça para garantir o pagamento do salário de dezembro dos professores do Granbery e da multa, prevista na Cláusula 74ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Uma audiência foi marcada para o dia 13 de fevereiro. O sindicato também fez o pedido de liminar para que a instituição pague os trabalhadores imediatamente, em 24h".
Além disso, o sindicato divulgou uma nota expressando a indignação com o atraso.“O Sinpro-JF vem a público manifestar repúdio e denunciar o atraso no pagamento dos salários de dezembro dos professores. Os trabalhadores, surpreendidos pela ausência de pagamento no início de janeiro, começam o ano submetidos a condições de grande insegurança, incerteza e sofrimento.
A conduta da instituição, que cometeu desvio trabalhista similar no ano passado, é inadmissível. Os profissionais, que se dedicam com afinco à docência, garantindo ao Granbery reconhecimento no setor educacional em Juiz de Fora, estão sendo tratados com absoluto desrespeito. Sem oferecer sequer explicações necessárias, a instituição limitou-se a informar, por meio de nota, que os salários pendentes serão quitados ‘diariamente’ até 6 de fevereiro. A categoria não pode ser penalizada pela incompetência de uma gestão que não prioriza, em seu planejamento, o cumprimento de um direito básico: o pagamento dos salários.
Insistentemente, o sindicato tem tentado entrar em contato com a instituição, na tentativa de solucionar o problema. O Sinpro-JF reforça sua luta constante em defesa dos direitos dos professores e do cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e reitera que tomará todas as medidas cabíveis, jurídicas e políticas, para o enfrentamento da situação".
A coordenadora do Sinpro-JF, Lúcia Lacerda, destaca que além dos problemas relacionados aos atrasos salariais, grande parte da rede privada de Juiz de Fora, incluindo o Colégio e Faculdade Granbery, tiveram números expressivos de demissões. "Atribuímos todo este cenário a reforma trabalhista que foi aprovada com discurso que ajudaria na criação de mais empregos. O que vemos é uma realidade inversa de cortes, mais desempregos e retirada dos direitos adquiridos", detalha.
Ela recorda ainda que, com a reforma, as homologações das demissões não precisam ser mais feitas, obrigatoriamente, dentro dos sindicatos. "Esta condição provoca passivo das instituições e possíveis prejuízos aos professores. A maioria são profissionais com anos de carreira, dispensados para a contratação de professores recém formados e mais baratos para a faculdade. Mesmo com as homologações fora dos sindicatos, estamos acompanhando os casos e já tivemos relatos de demissões de profissionais prestes a se aposentar ou até por motivação política e ideológica". Até o momento, o número chega a aproximadamente 100 demissões em toda rede.
Lúcia alerta que todos os profissionais da rede privada reportem pessoalmente ao sindicato, que oferecerá todo o suporte jurídico, para que não se sintam desassistidos.
O Portal ACESSA.com entrou em contato com a assessoria do Instituto Metodista Granbery, mas não obteve retorno.