Engenharia sanitória e ambiental

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Desafios de um engenheiro sanit?rio e ambiental Considerada por especialistas como a profiss?o do futuro, curso chega a Juiz de Fora atrav?s da Universidade Federal no Vestibular de 2009

Guilherme Ar?as
Rep?rter
11/11/2008

O discurso do desenvolvimento sustent?vel do planeta ? uma unanimidade na m?dia, na pol?tica e nas empresas que se preocupam com o futuro da humanidade. Em um mundo de crescentes descobertas tecnol?gicas, iniciativas que reduzem o impacto ambiental gerado pela economia ganham destaque no mercado globalizado.

Muitas vezes s?o solu?es simples para a destina??o do lixo, alternativas menos poluentes para as ind?strias ou tratamento adequado ao esgoto.

Por tr?s de todo esse emaranhado de problemas e solu?es est? o profissional da engenharia sanit?ria e ambiental, considerada uma das profiss?es mais promissoras para os pr?ximos anos.

O engenheiro sanitarista e ambiental ? respons?vel pelo desenvolvimento de projetos de engenharia dos sistemas urbanos de abastecimento de ?gua, esgoto sanit?rio, drenagem pluvial e res?duos s?lidos.

? esse profissional que tamb?m avalia o impacto de obras sobre o meio ambiente, para prevenir a polui??o de mananciais, rios e represas. Al?m disso, cuida da manuten??o da qualidade da ?gua consumida pela popula??o, do tratamento do esgoto e dos lixos dom?stico, industrial e hospitalar.

Com tantas ?reas de atua??o, os especialistas garantem que mercado n?o falta para esse profissional. Para o presidente da Associa??o Brasileira de Engenharia Sanit?ria e Ambiental Se??o Minas Gerais, (ABES-MG), M?rcio Tadeu Pedrosa, h? recursos governamentais suficientes para investimentos nas ?reas sanit?ria e ambiental.

"O que falta s?o bons projetos. O BNDES, por exemplo, tem tantos recursos quanto o Banco Mundial para repassar ?s ?reas ambiental e sanit?ria", revela.

Pedrosa lembra, ainda, que as preocupa?es do governo com as quest?es ambientais s?o recentes. "Na d?cada de 60 o governo come?ou a ser preocupar com as cidades. Poucas tinham ?gua tratada. Na d?cada de 70 tivemos uma preocupa??o com a coleta do esgoto e s? a partir da d?cada de 90 passamos a pensar no tratamento do esgoto e na destina??o dos res?duos s?lidos", diz.

Para o presidente da ABES-MG, ? dif?cil precisar o n?mero de engenheiros sanitaristas e ambientais que atuam no estado, j? que muitos profissionais se formam em outras engenharias e depois migram para a ?rea sanit?ria e ambiental.

? o que aconteceu com os engenheiros civis Paulo Afonso Valverde J?nior (foto, ? esquerda) e M?rio de Ara?jo Porto Filho (foto, ? direita), ambos p?s-graduados na ?rea sanit?ria e ambiental. Os profissionais, que atuam na Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (Cesama), garantem que a engenharia sanit?ria e ambiental ? a profiss?o do futuro.

"A porcentagem de esgoto tratado em todo o Brasil ? muito baixa", alerta M?rio. O engenheiro lembra, ainda, que grande parte das doen?as transmitidas ao homem pode ser adquirida atrav?s da ?gua n?o tratada.

O futuro da profiss?o do futuro

O que ? um problema para o pa?s pode ser tirado como proveito para os que desejam seguir nessa ?rea.

Dados da Organiza??o Mundial da Sa?de mostram que para cada d?lar aplicado em saneamento, com esgoto coletado e tratado e ?gua tratada, economizam-se de quatro a cinco d?lares, nos dez anos seguintes, em sa?de p?blica, com a redu??o de despesas em atendimento m?dico, medicamentos e hospitais.

Al?m da demanda governamental para investimentos nessa ?rea, a iniciativa privada tamb?m se volta para a import?ncia do desenvolvimento aliado ? preserva??o do meio ambiente. "Voc? n?o pode parar o planeta. A demanda pela produ??o e consumo ? cada vez maior. Se n?o tivermos um profissional que consiga conduzir isso de maneira sustent?vel, vamos pagar pelos nossos pr?prios erros", adverte Paulo.

Para o engenheiro, o campo de trabalho do profissional ? vasto e passa pelo licenciamento e monitoramento ambiental de empreendimentos privados, al?m de iniciativas p?blicas voltadas para o tratamento de esgoto.

"O profissional tem a demanda de planejamento ambiental para novas ind?strias, por exemplo, mas muitas empresas antigas ainda n?o se adequaram ? legisla??o ambiental. Por isso, o trabalho do engenheiro tamb?m passa pelo licenciamento ambiental corretivo", destaca.

Ainda de acordo com os engenheiros da Cesama, com a evolu??o da profiss?o, novos conceitos tamb?m surgem na engenharia sanit?ria e ambiental. "H? pouco tempo n?s tinhamos a tend?ncia de canalizar e tampar todos os c?rregos das cidades. Hoje, a recomenda??o ? fazer com que os c?rregos fa?am parte da vida urbana", conclui Paulo.

O curso na UFJF

A partir de 2009, a Universidade Federal de Juiz de Fora passa a oferecer 42 vagas para o curso diurno de Engenharia Sanit?ria e Ambiental na modalidade Bacharelado.

De acordo com a UFJF, a proposta do curso de Engenharia Sanit?ria e Ambiental ? formar profissionais capazes de atuar em todas as ?reas de gest?o do sistema sanit?rio e do meio ambiente, promovendo a preven??o e o controle de impactos ambientais, atrav?s da elabora??o de projetos com solu?es sustent?veis.

A dura??o do curso ? de 5 anos. As inscri?es para o Vestibular e PISM da UFJF podem ser feitas at? ?s 15h do dia 14 de novembro pelo site www.vestibular.ufjf.br.