Estudo e prática são essenciais para a carreira de chef
Estudo e prática são essenciais para a carreira de chefFormação profissional é cada vez mais exigida por empresas na hora de contratar. Registro exige exercício pleno mínimo de quatro anos na profissão
Repórter
2/9/2010
O estudo e a prática são os quesitos essenciais para quem quer seguir a carreira de chef (chefe) de cozinha. Cursos básicos de gastronomia formam cozinheiros de mão cheia, mas são incapazes de dar o registro trabalhista a tais profissionais. Embora a profissão esteja inscrita na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o registro só é concedido mediante exercício pleno da profissão durante período mínimo de quatro anos.
A prática também é primordial para o sucesso. De acordo com o chef Marco Antônio de Paula, é importante ter muito conhecimento sobre cozinha e criatividade. "É prática, prática e muita prática. É preciso disposição para encarar tudo como aprendizado." A experiência deve ser iniciada por cursos, na opinião de Marco. "O chef tem que passar por uma escola, para aprender a manipular os alimentos. A busca por cursos é a melhor forma de iniciar."
Essa é a mesma opinião do chefe executivo do Senac Minas, Edson Puiati, que mantém um curso básico de cozinheiro na cidade de Barbacena. A capacitação tem oito meses de duração, sendo quatro meses com conteúdos exclusivamente teóricos e quatro meses práticos, na produção gastronômica de um hotel que dá suporte ao curso, em parceria com o Senac (veja quadro abaixo). "O melhor caminho é investir em cursos. Hoje, as empresas só contratam quem tem algum tipo de formação, seja capacitação, graduação ou aperfeiçoamento."
O curso de capacitação em gastronomia do Senac Minas em Barbacena oferece 30 vagas. A grande procura obriga a entidade a fazer uma seleção. A relação candidato por vaga fica entre 5 e 6. "Queríamos atender a todos, mas infelizmente não existe a possibilidade. Para conseguir a vaga, o candidato passa por prova escrita, entrevista, entrevista com a psicóloga e avaliação dinâmica de grupo." O curso todo custa R$ 2.400.
Mercado absorve bem os profissionais
Segundo Puiati, a colocação profissional dos cozinheiros formados é garantida. Ele afirma que, mesmo antes do final do curso, restaurantes, hotéis e lanchonetes chegam a sondar alunos. "O Senac possui um banco de oportunidades que faz a colocação de todos os profissionais. Porém, são trabalhos em todo o Brasil e até fora, principalmente em cruzeiros marítimos. A colocação vai depender do perfil de cada aluno." Os salários variam de R$ 800 a R$ 1.000.
Programa sintético do curso básico de cozinheiro
Os textos são revisados por Thaísa Hosken