Cuca minimiza atrito com Abel após eliminação
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - As alfinetadas entre Cuca e Abel Ferreira, desde a eliminação do Atlético-MG para o Palmeiras nas quartas de final da Libertadores, seguem rendendo discussões. Prova disso é que Jorginho, comandante do Atlético-GO, saiu em defesa do treinador do time mineiro na última semana. Na tarde desta segunda-feira (22), em entrevista coletiva surpresa na Cidade do Galo, Cuca foi abordado novamente sobre o tema, mas fez questão de minimizar o assunto e esfriar a questão.
De acordo com Cuca, ele respondeu à pergunta que gerou polêmica sem ter conhecimento do que Abel Ferreira havia falado após o duelo entre Atlético-MG e Palmeiras. No jogo seguinte, já pelo Brasileiro, diante do Coritiba, ele pontuou algumas posturas de Abel e do Palmeiras no jogo, que não condiziam com o lema "cabeça fria, coração quente" do palmeirense.
"Quero falar com franqueza sobre isso. Lá em Curitiba, quando acabou o jogo, o repórter foi muito bem na pergunta, mas me pegou despreparado, porque eu não sabia da entrevista do Abel. No outro dia que nós perdemos o jogo (eliminação na Libertadores), acordamos muito cedo, sem dormir direito e viajando para BH para se organizar da melhor forma para o confronto contra o Coritiba", começou.
"Eu respondi na maior naturalidade possível, mas sem ofensa a ninguém. Só quis dizer que a vitória te dá o direito para tudo, a razão; ao contrário de uma derrota. Teve um programa de televisão que os caras pegaram pesado, sem necessidade. Não tive maldade e nem quis ofender o Abel, o Palmeiras, ou alguém. Isso é normal na nossa vida. Sou acostumado a ganhar, mas mais ainda acostumado a perder, porque a derrota te marca mais, ainda mais quando é eliminatória", completou.
Toda a polêmica começou porque após o jogo da eliminação, Abel citou quais coisas Cuca poderia ter feito para sair vitorioso no jogo. Passado o turbilhão de emoções pela queda no torneio continental, o treinador do Galo colocou panos quentes na história e até deu alguma razão ao português.
"O Abel, em muita coisa que falou tem razão. Quando ele disse que não consegui atacar as extremas e que deveria ter atacado mais pelo meio, teve muita razão. Foi o que eu tentei com Sasha e Nacho, mas não achamos um espaço, porque eles fecham muito bem. Bate boca, sem ofensa, faz parte do futebol. Não é por isso que eu seja inimigo de algum treinador. Não tenho nenhum e nem vou brigar com Abel. Quando falei o que sentia, foi natural, sem ofensa", encerrou.