Não queremos sentir saudade da nossa democracia, diz presidente da OAB-SP

Por BRUNO B. SORAGGI E RENATA GALF

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Nesse momento a sociedade pede que a democracia fique, que não se vá, não nos abandone", disse a presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini, durante ato para leitura da carta pró-democracia na Faculdade de Direito da USP, nesta quinta-feira (11). "Fora da democracia com direitos não se consegue meios para que uma sociedade complexa possa se desenvolver."

Disse que a sociedade pode contar com a advocacia e com a OAB. "Nós não aceitaremos retrocesso, nós não seremos asfixiados, nós não seremos saudosos".

Falou ainda em canto sedutor dos autoritarismo e que ele encontra espaço naqueles que não viveram sem democracia. "Hoje, a hora é de reafirmação. É a hora de falar para gerações mais novas, para que os nativos da democracia, que cresceram sem o autoritarismo, percebam e valorizem tudo o que nós temos", seguiu ela.

"Só se sente falta de algo ou de alguém quem já perdeu. Afinal, a saudade é a presença dos ausentes. Não queremos sentir saudade da nossa democracia, por isso não podemos sequer flertar com a sua ausência".

"Democracia para o corpo social é como oxigênio para o corpo humano, nós não vemos não sentimos o oxigênio, mas percebemos sua importância quando falta, e sem ele ficamos asfixiados."