Carta pela democracia é lida na Faculdade de Direito da Uerj, no Rio
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Cerca de cem pessoas acompanham, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a leitura da carta pela democracia, que acontece simultaneamente em outros estados do país, na manhã desta quinta-feira (11).
O orador do manifesto é o desembargador aposentado Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, 65, professor da universidade.
Grandinetti foi aluno da Faculdade de Direito da Uerj entre 1976 e 1980, e é professor desde 1985.
"Quando estudávamos aqui, por esses corredores circulavam agentes do DOI CODI (Destacamento de Operações de Informação) fantasiados de alunos. Os professores não podiam falar em sala. Depois de tanto tempo nunca imaginei que a sociedade brasileira ia ter que ler uma carta dessa", afirma o orador.
"Acreditava que a democracia era uma conquista que só tendia a melhorar, ser aperfeiçoada. O primeiro sentimento é de frustração. E o segundo é de emoção por ver a sociedade reagindo a isso", completa Grandinetti.