Jornalista diz que foi barrado em estádio no Qatar por camisa com arco-íris
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Grant Wahl, jornalista esportivo norte-americano que está no Qatar para a cobertura da Copa do Mundo, afirmou em suas redes sociais que foi impedido de entrar no estádio Al Rayyan, onde acontece a estreia dos Estados Unidos no Mundial, às 16h (de Brasília) desta segunda-feira (21), contra País de Gales, pelo Grupo B, por estar usando uma camisa com um arco-íris -um dos símbolos LGBTQIA+.
"Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA-País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido", escreveu Grant em suas redes sociais.
Grant tem 47 anos e já trabalhou como redator sênior na revista Sports Illustrared e foi correspondente da Fox Sports. Ele é o autor do livro 'The Beckham Experiment', que narra a mudança de David Beckham para a MLS e seu impacto na liga de futebol do país.
Na manhã desta segunda, a Fifa obrigou as seleções europeias que estão disputando o Mundial a desistirem da ideia de usarem a braçadeira de capitão com a mensagem One Love, que tem as cores do arco-íris, em apoio a causa LGBTQIA+.
O capitão que aderisse à ideia seria advertido com um cartão amarelo pelos árbitros da partida. Dessa forma, as federações da seleções recuaram e se pronunciaram em um comunicado.
"A Fifa deixou muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo da FIFA", diz a nota.