"Desejar mal a outros é muito grave", diz Casemiro sobre críticas a Neymar

Por IGOR SIQUEIRA

DOHA, QATA (UOL/FOLHAPRESS) - Casemiro foi mais um a se manifestar sobre as pessoas que comemoraram a lesão de Neymar na seleção brasileira que o transforma em desfalque na Copa do Mundo. Vários atletas do grupo foram às redes sociais para declarar apoio ao camisa 10, sendo Raphinha o que teve a frase mais incisiva.

O agora jogador do Barcelona chegou a dizer que o Brasil não merece o talento de Neymar. Na entrevista deste sábado (26) após o treino fechado comandado por Tite, o meio-campista disse não ter visto a manifestação do seu companheiro de seleção, mas lamentou a atitude de alguns torcedores.

"É uma pena, especialmente pessoas desejando o mal de outra, mas infelizmente na vida temos isso. Pessoas más no mundo, que desejam o mal do outro, existem. Não vou comentar muito sobre esse tema, porque ficamos tristes. Não falar nem de brasileiro ou outra cultura, são pessoas. Educação, isso vem de berço. Quando você deseja o mal para uma pessoa isso é muito grave. Eu fico particularmente muito triste, ainda mais desejando o mal de uma pessoa que ajuda tantas pessoas. O Neymar não merece isso", analisou o jogador.

Vários atletas já manifestaram incômodo com o fato de brasileiros não torcerem pela seleção por conta da polarização política que o país vive nos últimos anos. Richarlison é um dos que mais frequentemente falam do tema e sempre critica quem torce para a Argentina. Casemiro admitiu que isso também o afeta.

"A mim me incomoda também. Principalmente um companheiro do meu time que estão querendo mal. Mas vivemos num mundo assim, que existem pessoas boas e ruins. A partir do momento em que uma pessoa deseja o mal da outra, não tem educação, não tem caráter, nem falando só do Neymar", completou.

Neymar ficou marcado especialmente por torcedores que não concordaram com o apoio dele a Jair Bolsonaro, que foi derrotado na eleição para Lula. Ele teve uma lesão no tornozelo direito e ficará afastado por tempo indeterminado, com chance de ser usado no sacrifício caso o time precise dele em uma situação mais extrema.