Em jogo com reviravoltas, arbitragem feminina tem estreia tranquila em Copas
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Foram necessárias 22 edições da Copa do Mundo de futebol masculino para que as mulheres tivessem vez na arbitragem. E o trio formado pela francesa Stéphanie Frappart e pelas bandeirinhas Neuza Back, do Brasil, e Karen Díaz Medina, do México, não encontrou problemas na vitória da Alemanha por 4 a 2 sobre a Costa Rica, nesta quinta-feira (1º).
Frappart é a árbitra mais famosa do mundo. Ela já apitou decisão da Copa da França masculina, jogo da Champions League masculina e partida das eliminatórias para a Copa do Qatar (Holanda x Letônia, em março do ano passado).
O duelo realizado no estádio Al Bayt, em Al Khor (QAT), pela terceira rodada da fase de grupos (Grupo E), foi o melhor possível para a estreia da equipe. Apesar das muitas reviravoltas, foi uma partida tranquila no aspecto disciplinar, sem jogadas ríspidas ou lances polêmicos.
Assim, o jogo transcorreu sem muitas paralisações e sem a aplicação de cartões. Foram apenas 11 faltas cometidas: 3 da Costa Rica e 8 da Alemanha.
A árbitra só precisou intervir no gol de empate da Alemanha por 2 a 2, quando Havertz marcou e o zagueiro Waston segurou a bola dentro do gol, para impedir o alemão de levá-la para o centro do campo. Frappart apenas chamou Havertz para conversar e pedir calma. Sem maiores problemas.
Mesmo a eliminação dos alemães na fase de grupos da Copa pela segunda vez consecutiva não deixou os ânimos acirrados, o que facilitou o trabalho da equipe de arbitragem.
O duelo teve apenas duas intervenções do VAR. No segundo gol da Costa Rica, Frappart apenas ouviu o VAR e validou. Já no quarto gol alemão, a assistente brasileira Neuza Back anotou impedimento de Fullkrug, mas a análise do VAR novamente validou o gol.
Além do trio que apitou o duelo entre costa-riquenhos e alemães, as outras representantes femininas na arbitragem no Qatar são Salima Mukansanga, 34, de Ruanda, e Yoshimi Yamashita, 36, do Japão, e a assistente Kathryn Nesbitt, 34, dos EUA.