Coluna - Mundiais de bocha e goalball: os dois lados da renovação
As duas colunas anteriores abordaram a expectativa brasileira para os Campeonatos Mundiais de goalball e bocha paralímpica. Em ambas as competições, o Brasil foi representado, em meio a veteranos, por novos talentos. Parte deles estreante em competições internacionais de peso e outros com chance de fazer valer pela primeira vez, em um grande palco, a experiência de eventos anteriores, deixando de ser apostas para se tornarem realidade.
A renovação no esporte, paralímpico ou não, é assim mesmo. Só que a moeda tem dois lados. O resultado pode ser imediato? Até pode. No Mundial de natação paralímpica deste ano, em junho, os dez atletas sub-23 da equipe que competiu em Funchal (Portugal) foram ao pódio e metade esteve no topo, como o estreante Samuel Oliveira, 16 anos.
Por mais que os Mundiais tenham um peso grande, a Paralimpíada é o evento principal, não tem jeito. O planejamento de comitês, confederações, associações técnicos e atletas é todo voltado para se atingir o auge físico, técnico e mental ao final do ciclo de quatro anos. As diferentes experiências das trajetória, especialmente aquelas em palcos quase tão grandes quanto o dos Jogos, inclusive aquelas mais agridoces, podem fazer diferença em 2024. E de lá em diante também, por que não?
* Lincoln Chaves é repórter da TV Brasil, Rádio Nacional e Agência Brasil