Na despedida de Copas, Messi registra recordes; veja histórico
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Lionel Messi, 35, o maior craque da história do futebol argentino junto com Diego Maradona (1960-2020), encerrará sua carreira com um título de Copa do Mundo no currículo.
O Mundial no Qatar, no qual a Argentina superou a França na decisão, foi o último do principal artilheiro da seleção de seu país, com 98 gols (em 172 jogos).
O capitão da seleção alviceleste disputou 26 jogos em Mundiais, anotando 13 gols e dando oito assistências (passes para gol).
No Qatar, Messi marcou sete gols, diante de Arábia Saudita, México, Austrália, Holanda, Croácia e França (2) ?a conta poderia ser maior, porém ele errou um pênalti, contra a Polônia? e contribuiu com três assistências.
O camisa 10 registrou algumas marcas relevantes durante a campanha no primeiro Mundial no Oriente Médio.
Ele é o jogador que mais vezes atuou em partidas de Copa do Mundo, 26 vezes, uma a mais que o meia Lothar Matthäus, capitão da Alemanha na conquista da Copa de 1990.
Tornou-se um dos atletas com mais participações em Copas (5), ao lado do português Cristiano Ronaldo, do alemão Matthäus e dos mexicanos Antonio Carbajal, Rafa Márquez e Andres Guardado.
Ao jogar seis partidas no Qatar, ele virou o futebolista que mais vezes atuou como capitão em Copas (18), ampliando sua marca para 19 ao participar da final. O mexicano Rafa Márquez vem a seguir, tendo usado a tarja em 17 jogos.
Messi, com as sete bolas que mandou para as redes no Qatar, ainda chegou a 13 gols em Copas, deixando para trás os compatriotas Gabriel Batistuta (10), Maradona e Guillermo Stábile (ambos 8).
No geral, igualou-se ao francês Fontaine (13 gols) e está atrás só dos alemães Klose (16) e Gerd Müller (14) e de Ronaldo Fenômeno (15)
Foi sem dúvida a melhor Copa de Messi, uma despedida de gala de um dos melhores jogadores de todos os tempos. Lembre a seguir como foi o desempenho dele nas outras quatro em que esteve presente.
ALEMANHA-2006
Com 18 anos, Messi era reserva em sua primeira Copa do Mundo, na qual ainda não era o dono da camisa 10, que pertencia a Riquelme, nem titular.
Ele fez gol no seu primeiro jogo em Copa, vindo do banco na goleada de 6 a 0 na Sérvia e vestindo a camisa 19, na fase de grupos.
Não participou da partida das quartas de final, diante da Alemanha. A Argentina caiu na disputa de pênaltis.
ÁFRICA DO SUL-2010
Quatro anos mais velho, Messi já era uma celebridade futebolística, com a titularidade, a artilharia e a camisa 10 no Barcelona.
Só que, sob o comando de Maradona, treinador da Argentina na Copa africana, Messi não conseguiu fazer um único gol, mesmo tendo jogado todos os minutos de todas as cinco partidas.
Os argentinos caíram nas quartas de final de novo, de novo diante da Alemanha, humilhados por uma goleada de 4 a 0.
BRASIL-2014
Em termos de gols, esse foi o Mundial em que Messi, pela primeira vez como capitão da Argentina, foi mais produtivo na comparação com os anteriores: quatro gols (um contra a Bósnia, um contra o Irã, dois contra a Nigéria). Todos na fase de grupos.
Nos mata-matas, mesmo sem balançar as redes, liderou a equipe até a decisão, em que, mais uma vez, ele e seus companheiros encontraram a Alemanha, algoz nas duas Copas anteriores.
Messi teve atuação apenas regular, e os alemães ganharam a decisão no Maracanã por 1 a 0, na prorrogação.
RÚSSIA-2018
Depois de anunciar, frustrado com o vice-campeonato na Copa América de 2016, que não mais jogaria pela seleção, Messi voltou atrás e liderou a Argentina nas Eliminatórias.
No Mundial russo, entretanto, esteve muito aquém do, à época, cinco vezes melhor jogador do mundo.
Novamente capitão, jogou todo o tempo de todas as partidas, porém fez um único gol, na primeira fase, contra a Nigéria, sucumbindo nas oitavas de final diante da França (4 a 3), que depois ganharia o bicampeonato mundial.