Cruzeiro goleia o América-MG em jogo com reconciliação da dupla de ataque
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Cruzeiro venceu o América-MG por 4 a 0, neste domingo (14), e se manteve no G4 do Brasileirão. O jogo no Independência, pela sexta rodada, marcou a reconciliação entre os atacantes Henrique Dourado, autor do primeiro gol, e Bruno Rodrigues. Mas o brilho maior foi de Gilberto, que fez dois dos quatro gols.
Dourado e Rodrigues tinham discutido em campo no jogo anterior, contra o Fluminense, por causa de uma cobrança de pênalti. Neste domingo, o Ceifador abriu o placar com assistência de Bruno e ambos comemoraram se abraçando. Na jornada artilheira de Dourado e Gilberto, o outro autor de gol no Cruzeiro foi o lateral-esquerdo Marlon.
O Cruzeiro quebrou o tabu de sete clássicos seguidos vencidos pelo América-MG. Os cruzeirenses não batiam o rival desde dezembro de 2020, ainda na Série B.
Se o Cruzeiro segue em quarto, agora com 12 pontos, o América-MG segue na lanterna do campeonato, com apenas um ponto: são cinco derrotas e um empate na competição. É o pior início de Brasileirão do Coelho na era dos pontos corridos.
Na próxima rodada, o Independência volta a receber jogos de América-MG e Cruzeiro. No sábado (20), o Coelho recebe o Fortaleza, às 18h30. Dois dias depois, na segunda-feira (22), os cruzeirenses jogam contra o Cuiabá, às 20h.
Mas antes, os dois rivais mineiros têm jogos pela Copa do Brasil contra times gaúchos: na quarta-feira (17), o Cruzeiro visita o Grêmio e o América-MG recebe o Internacional.
Em situação complicada neste início de Brasileirão, o América-MG desperdiçou três chances claras de gol no primeiro tempo. Mas o Cruzeiro foi quem ficou em vantagem, com a cabeçada de Henrique Dourado. A tônica do jogo foi a organização do Cruzeiro.
A jogada que rendeu o abraço de comemoração entre Henrique Dourado e Bruno Rodrigues começou com um cruzamento de Wesley da direita. Bruno cabeceou para o centro da área, e o Ceifador estava lá, livre, abrindo o placar aos 32 minutos do primeiro tempo.
Henrique Dourado não começava um jogo como titular há cerca de nove meses. Ele foi substituído por Gilberto aos 18 minutos do segundo tempo - uma inversão do cenário dos últimos jogos no Cruzeiro -, mas satisfeito com o que entregou em campo.
O Cruzeiro foi cirúrgico no segundo tempo, controlando as tentativas do América de crescer no jogo e dando uma estocada que foi certeira na frente. O segundo gol teve presença dos laterais tão ativa que o cruzamento de William pela direita achou a cabeça de Marlon, na pequena área, para fazer 2 a 0 aos 24 minutos da etapa final.
O América até criou volume de jogo para fazer pelo menos um gol na partida, como um todo. No segundo tempo, por exemplo, teve mais bola na trave. Mas o time passou em branco e amargou a derrota no clássico.
O Cruzeiro fechou a conta no clássico com dose dupla de Gilberto. Primeiro, ele aproveitou bem o cruzamento de Igor Formiga. A comemoração do terceiro gol foi com salto mortal, aos 39 minutos do segundo tempo. A torcida já tinha começado a gritar olé a cada troca de passes quando Gilberto transformou em placar em goleada, fazendo o quarto gol.
FICHA TÉCNICA
AMÉRICA-MG
Matheus Cavichioli, Marcinho (Maidana), Ricardo Silva, Éder e Marlon; Juninho (Emmanuel Martínez), Alê, Benítez; Mikael (Renato Marques), Felipe Azevedo (Matheus Gonçalves) e Aloísio (Wellington Paulista). Técnico: Vagner Mancini.
CRUZEIRO
Rafael Cabral, William (Igor Formiga), Oliveira, Luciano Castán e Marlon; Machado, Ramiro (Matheus Jussa) e Neto Moura (Wallisson); Wesley (Stênio), Bruno Rodrigues e Henrique Dourado (Gilberto). Técnico: Pepa.
AMÉRICA-MG 0 x 4 CRUZEIRO
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data/Hora: 14/5/2023, às 18h30
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Leone Carvalho Rocha (GO)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (Fifa-RN)
Cartões amarelos: Ricardo Silva, Aloísio (AMG).
Gols: Henrique Dourado, aos 32 minutos do primeiro tempo; Marlon, aos 24 minutos do segundo tempo; Gilberto, 39 minutos do segundo tempo e aos 45 minutos do segundo tempo.