Após debate por renovação, seleção tem 11 remanescentes da Copa de 2019
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A seleção brasileira feminina terá 11 estreantes na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, mas também alguns nomes já conhecidos do último Mundial e das Olimpíadas. Pregando sempre a renovação da geração, a técnica Pia Sundhage optou por um grupo mais misturado.
CICLOS ANTERIORES
Do grupo que foi convocado inicialmente para a Copa de 2019, se repetem 11 atletas: Bárbara, Letícia, Kathellen, Mônica, Tamires, Adriana, Andressa Alves, Bia Zaneratto, Debinha, Geyse e Marta.
Rafaelle foi para a Copa do Mundo de 2015, no Canadá, e teria ido para a França, mas se lesionou.
Já do grupo das Olimpíadas de Tóquio são nove. Letícia, Bárbara, Rafaelle, Tamires, Marta, Debinha, Adriana, Bia Zaneratto e Geyse.
Estreiam no Mundial Camila Rodrigues, Bruninha, Antonia, Lauren, Ana Vitória, Adriana, Ary Borges, Duda Sampaio, Gabi Nunes, Kerolin e Nycole.
Algumas jogadoras chamadas foram consideradas surpresas, como as experientes Bárbara e Mônica. Na coletiva após apresentar a lista, Pia explicou que optou pela maior rodagem com a intenção de balancear o grupo.
"A Mônica vem jogando em todos os jogos e é uma ótima líder. Ela vai ajudar a equipe com sua presença e experiência", disse.
"Eu acho que [a Bárbara] é o mesmo quando falo da Tainara e da Mônica. A Lorena se machucou e agora temos a Lelê como nossa primeira goleira. Com toda a experiência que a Bárbara tem, vai trazer força, que é muito bom para o time", completou.
Alguns nomes que antes eram considerados praticamente certos, como a goleira Luciana, ficaram fora. Tainara, normalmente titular, ficou entre as suplentes.
AUSÊNCIA DE CRISTIANE
Fora da Olimpíada e dos planos de Pia, Cristiane novamente não foi convocada pela treinadora.
Mesmo sem fazer parte do ciclo, a ausência da atacante gerou reclamações nas redes sociais e Pia optou por não se estender no assunto ou explicar a escolha.
"Para mostrar respeito às 26 jogadoras que nós estamos levando, nós deveríamos falar dessas jogadoras que estamos levando, não de quem não foi convocada", afirmou.
Em 2021, depois de ficar fora das Olimpíadas, Cris demonstrou tristeza e disse não entender o corte. Algumas pessoas nos bastidores garantem que a situação não é técnica, mas sim da relação entre treinadora e jogadora.
"Foi difícil, porque não foi uma decisão minha. Geralmente, é pedido para cada atleta alguns dados, algumas metas que ele precisa alcançar. E eu alcancei todos, inclusive com números até melhores do que os da Copa do Mundo, que eu fui convocada. Então me deixou bastante chateada a maneira como foi, porque eu sabia que tinha condições de compor o grupo, tinha experiência para isso", disse à revista 'TPM'.
VETERANAS
Disputam a segunda Copa do Mundo seguida Kathellen, Luana, Geyse e Debinha.
Já Letícia Izidoro, Mônica, Tamires e Andressa Alves vão para o terceiro Mundial.
A atacante Bia Zaneratto está na quarta Copa consecutiva.
Surpresa, a goleira Bárbara vai para a quinta Copa seguida.
Já Marta é a que mais disputou Mundiais nesse grupo, com seis em sequência.