Fluminense não foi pego de surpresa por Diniz e sabia de negociação com a CBF
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O acerto entre Fernando Diniz e CBF para que o treinador seja o interino da seleção brasileira não pegou o Fluminense de surpresa. Apesar de declarações recentes do presidente Mário Bittencourt, o negócio já vinha sendo costurado.
As conversas para fechar o acordo já vinham ocorrendo há cerca de um mês. Internamente, o clube não vê problema em Diniz conciliar os dois trabalhos porque tudo foi negociado junto ao Fluminense.
Além de uma boa relação entre a diretoria do Fluminense e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, Branco, ídolo tricolor e coordenador da base na entidade, também intermediou as conversas.
Em abril, Mário afirmou que não havia chance de o clube tricolor liberar o treinador. A entrevista foi ao programa Os Donos da Bola.
"Não tem chance de o Fluminense liberar [o Diniz para a seleção], já falei isso algumas vezes. O Fluminense não libera ele em hipótese alguma. A gente tem um projeto de dois anos desenhado com ele e vamos trabalhar para que ele siga com a gente. Se ele quiser e pagar a multa... existe uma multa alta e proporcional ao tamanho do contrato. Ele deu uma entrevista recente dizendo que o Fluminense é a seleção dele, não creio que ele tenha esse desejo", disse.
Nos bastidores se entende que, por Diniz ficar nos dois, não há problema.
DESEJO E PEDIDO DE ATLETAS
Treinar a seleção brasileira era um desejo de Fernando Diniz.
O treinador recebeu diversos pedidos de entrevistas ao longo dos últimos meses, especialmente na ótima fase que o Fluminense viveu.
Um dos motivos que impediam Diniz de falar era justamente a indefinição sobre a seleção. Ele não queria ser questionado sobre o tema sem que a CBF encaminhasse o nome.
Assim como no Fluminense, o nome de Fernando Diniz também foi um pedido entre atletas da seleção. Ele é querido por diversos jogadores.
Em 2022, Diniz recebeu um apelo de todos os jogadores do Flu antes de ser contratado para substituir Abel Braga.