Polícia identifica sete suspeitos de agressão contra Luan, jogador do Corinthians

Por PAULO EDUARDO DIAS

Jogador Luan foi agredido por torcedores do Corinthians na madrugada desta terça (04) em São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil já identificou sete suspeitos de terem invadido um motel na Barra Funda, zona oeste da capital, e agredido o atacante Luan, do Corinthians. O fato ocorreu na madrugada desta terça-feira (4).

De acordo com o delegado Daniel José Orsomarzo, as identificações foram realizadas por meio de fotos e vídeos publicados nas redes sociais.

Uma das imagens foi tirada dentro de uma lanchonete no centro de São Paulo. Na foto, é possível visualizar sete pessoas com os rostos descobertos. O autor da publicação escreveu: alvo encontrado com sucesso.

A suspeita é que alguns dos suspeitos façam parte da diretoria de uma das organizadas do clube alvinegro.

Até por volta das 15 horas, o atleta não havia comparecido em uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. Pela lei, Luan tem o prazo de seis meses para fazer representação contra seus agressores.

Investigadores já foram até o motel e solicitaram imagens que também possam contribuir com a investigação.

Até o final da manhã, a assessoria do Corinthians afirmava não ter conseguido entrar em contato com Luan ou com seu empresário, Paulo Pitombeira. A diretoria divulgou nota lamentando o episódio.

Contratado em 2019 pelo Corinthians por quase R$ 29 milhões, o jogador virou centro de polêmica por causa do alto salário (cerca de R$ 800 mil mensais) e do baixo desempenho. Ele não tem sido utilizado desde o ano passado e chegou a ser emprestado para o Santos, que ficou encarregado de arcar com apenas R$ 100 mil dos vencimentos do atleta, enquanto o clube de Parque São Jorge ficava com o restante.

Em entrevista recente ao podcast do ex-jogador Denílson, Luan disse que estava pronto para jogar e que havia pedido oportunidades para Vítor Pereira (treinador em 2022) e Vanderlei Luxemburgo (o atual), sem ser atendido.

Há meses, Duilio Monteiro Alves tenta achar uma solução para a situação de Luan, mas, afirma ele, o Corinthians não tem dinheiro para pagar a rescisão que o grupo de torcedores tentou nesta madrugada conseguir na base da violência.