GP de Singapura acontece neste final de semana

Por JULIANNE CERASOLI

UOL/FOLHAPRESS - Max Verstappen vai em busca da 11ª vitória seguida em uma pista na qual nunca venceu, em Singapura. O holandês vem avisando há algumas semanas que espera ter mais dificuldades em Marina Bay do que em todos os outros circuitos daqui até o final da temporada, então os rivais estão de olho em qualquer brecha que possa aparecer.

Uma das equipes que podem andar bem é a Aston Martin, de Fernando Alonso, que também já disse que Singapura é sua maior chance, em condições normais, de chegar à sonhada vitória número 33. E Charles Leclerc costuma andar bem em Singapura ?fez as duas últimas poles positions na pista de Marina Bay.

A pista apresenta mudanças para este ano. Por conta de uma obra, quatro curvas foram tiradas da parte final da volta, sendo trocadas por uma reta mais longa. Será o suficiente para vermos mais ultrapassagens neste domingo?

COMO ACOMPANHAR O GP DE SINGAPURA:

Sexta-feira, 15 de setembro

Treino livre 1, das 6h30 às 7h30: BandSports

Treino livre 2, das 10h às 11h: BandSports

Sábado, 16 de setembro

Treino livre 3, das 6h30 às 7h30: BandSports

Classificação, das 10h às 11h: Band/BandSports (transmissão a partir das 9h30)

Domingo, 17 de setembro

Corrida, a partir das 9h: Band e BandNewsFM (transmissão começa às 8h)

CIRCUITO DE MARINA BAY

Distância: 4.940m

Número de voltas: 62

DRS - 3 zonas

Zona 1: após a curva 5

Zona 2: após a curva 13

Zona 3: reta dos boxes

Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)

Resultado em 2022

Pole position: Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min49s142

Pódio:

1º Sergio Perez (MEX/Red Bull) 2h02min20

2º Charles Leclerc (MON/Ferrari) +2s595

3º Carlos Sainz (ESP/Ferrari) +10s305

CARACTERÍSTICAS DA PISTA DE SINGAPURA

O grande desafio de Singapura é acertar uma volta na classificação. Isso porque trata-se de uma volta longa, considerada muito técnica pelos pilotos, com muitas curvas e muros próximos. E, na corrida, o grande adversário dos pilotos é a falta de concentração, que vem do desgaste físico com o calor intenso e desidratação.

Por conta disso, não é raro termos períodos de SC na parte final da corrida, quando o cansaço vai aumentando e começa a se formar um trilho mais aderente, com muita sujeira fora dele. Inclusive, a probabilidade calculada pelas equipes de haver um SC é de 100%. Eles costumam usar os dados dos cinco últimos anos para fazer essa previsão.

Os carros também sofrem com o calor, então quem tiver um equipamento que já precisa andar mais "aberto" normalmente, vai perder ainda mais pressão aerodinâmica aumentando isso em Singapura. Os freios também são muito exigidos, embora a mudança no último setor ajude neste sentido neste ano, e o nível de downforce é máximo, a exemplo de Mônaco.

Outra característica são as ondulações e o ataque às zebras. Com os carros atuais, que andam muito próximos do solo, configurar o carro para garantir uma boa performance sem que ele fique batendo no chão será um desafio.

CURIOSIDADES SOBRE O GP DE SINGAPURA

Singapura é uma cidade-Estado que se notabilizou ao longo dos séculos como um importante porto. O território esteve sob domínio do Império Britânico desde o século XIX até a década de 1950, e hoje tem um governo soberano e maioria chinesa. Trata-se de um país com um dos melhores índices tanto de Produto Interno Bruto per capita (sétimo lugar), quanto de Índice de Desenvolvimento Humano (12º) do mundo.

Singapura também é um caldeirão de culturas asiáticas. E isso se reflete na culinária muito variada e também nas línguas. O inglês é amplamente falado até por conta dos anos de domínio britânico, mas é apenas uma das línguas oficiais, juntamente do mandarim, malaio e o tamil (idioma falado em partes da Índia e no Sri Lanka).

Para iluminar mais de 5km de pista, são usados 108,423 metros de cabos de energia, que suportam mais de três milhões de watts para os 1500 pontos de iluminação do traçado. Para os pilotos, isso significa que é praticamente como se eles estivessem pilotando de dia em termos de visibilidade.