São Paulo: em ano de consolidação, Beraldo se engrandece após finais

Por Folhapress

Beraldo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Quando encerrar a carreira, Beraldo certamente lembrará de 2023 como um dos anos mais importantes de sua trajetória. Já o faria mesmo sem o título da Copa do Brasil, mas agora o jovem zagueiro do São Paulo tem na conquista de domingo (24) a consagração de uma temporada gloriosa para si e para o clube.

O defensor começou o ano com a missão de assumir a titularidade do Tricolor aos 19 anos e, rapidamente, conquistou a confiança de Rogério Ceni, da torcida, e, posteriormente, de Dorival Júnior.

As boas atuações e a segurança apesar da pouca idade mostraram que o zagueiro não precisaria de muito tempo para se consolidar no São Paulo, o que se confirmou na troca de gestões de Ceni para Dorival.

Beraldo se engrandece como atleta com o título inédito da Copa do Brasil, sobretudo se considerado o desempenho nas finais contra alguns dos melhores atacantes do futebol sul-americano.

ATUAÇÃO NA FINAL

No primeiro jogo da final, Beraldo viu diante de si o Maracanã lotado e o trio de ataque formado por Gabigol, Bruno Henrique e Pedro e não se intimidou.

Jogou com personalidade e foi um dos principais nomes para garantir a vitória por 1 a 0, que por sua vez foi determinante para o título.

O zagueiro não fez faltas, não sofreu dribles, fez cinco cortes, duas interceptações e um desarme. Venceu todos os duelos por baixo e teve ótimas porcentagens nos passes curtos (86%) e longos (80%).

Na partida de volta, a missão que já era difícil piorou: além de ter de segurar os ataques do Flamengo, que agora precisava da vitória, aos nove minutos de jogo a defesa são-paulina perdeu Arboleda por lesão. Diego Costa entrou em seu lugar. Isso tampouco foi problema para Beraldo.

Se o desempenho não foi irretocável como no Maracanã, o zagueiro atuou novamente de forma segura, e, à parte de alguns lançamentos errados, também se destacou jogando em casa.

O garoto encerrou a partida com um corte, um bloqueio, um desarme e apenas um drible sofrido. Venceu 50% das divididas que disputou - duas por cima, duas por baixo -, e acertou 80% dos passes.

No saldo da decisão diante dos atuais campeões da Copa do Brasil e da Libertadores, um time que pode se dar ao luxo de lançar, do banco de reservas, Gabigol, Everton Ribeiro e Luiz Araújo no segundo tempo, Beraldo foi de suma importância para que a equipe de Dorival Júnior encerrasse as duas finais com somente um gol sofrido e poucas chances geradas ao rival.