Corinthians pressiona, mas Flamengo vê negociação por Gabigol longe do fim

Augusto Melo, novo presidente do Corinthians, falou em "conversas avançadas" por Gabigol.

Por LUCAS MUSETTI PERAZOLLI

Gabigol

SANTOS, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Corinthians tenta dar novos passos na negociação por Gabigol, mas as conversas pelo atacante ainda estão longe de um final feliz e Flamengo espera o camisa 10 na reapresentação do elenco.

Augusto Melo, novo presidente do Corinthians, falou em "conversas avançadas" por Gabigol. Essa e diversas outras declarações sobre o atacante foram dadas nesta terça-feira (2), em solenidade de posse no cargo.

O cenário otimista, porém, não reverberou em outros agentes ouvidos pela reportagem. Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, estava no evento. Antes da coletiva de Augusto Melo foi questionado sobre o tema, mas evitou comentar.

O Corinthians acha a transação possível devido ao alto orçamento salarial e a possibilidade de seduzi-lo com luvas diluídas mensalmente para torná-lo o mais caro do elenco, recebendo mais que no Flamengo.

A projeção positiva aumentou no Parque São Jorge nos últimos dias por causa da boa relação com a diretoria do Fla, que ficou evidenciada com a ida de Braz à posse.

O time alvinegro se mostra ciente que se trata de uma negociação complexa, mas enxerga pontos que podem se tornar brechas.

Um deles é que Gabigol perdeu espaço em 2023, principalmente após a chegada de Tite ?vale lembrar que ele admitiu ter jogado parte da temporada no "sacrifício" devido a uma lesão.

Outro tem a ver com Everton Ribeiro. Integrante de uma vitoriosa geração, o jogador não chegou a um acordo com o Flamengo pela renovação e está próximo de ser anunciado pelo Bahia. Por outro lado, Bruno Henrique, que vivia situação semelhante, renovou por três anos.

Gabigol fez atividades durante as férias e é aguardado no Ninho do Urubu no dia 8 para iniciar a pré-temporada.

O camisa 10 tem contrato até o fim do ano, e as tratativas para uma possível renovação foram iniciadas, mas estão travadas. A conversa estagnou após uma pedida por parte do jogador de mais R$ 50 milhões como bônus de assinatura, uma espécie de luvas, como publicou Rodrigo Mattos, colunista do UOL.