Vasco e Nova Iguaçu empatam em jogo eletrizante com quatro bolas na trave

No total, foram quatro bolas na trave - duas para cada lado -, sem contar várias chances criadas pelos dois times.

Por IGOR SIQUEIRA

Vasco e Nova Iguaçu empatam no 1º jogo das semifinais do Carioca

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Vasco e Nova Iguaçu fizeram um jogo eletrizante no Maracanã, neste domingo (10). O placar ter ficado só em 1 a 1 foi muito pouco, perto do volume de chances e da proporção de emoção na partida de ida das semifinais do Carioca.

Os gols foram marcados por Xandinho e Lucas Piton. O lateral-esquerdo voltou a fazer um gol de cabeça e salvou o time, assim como no confronto do meio de semana pela Copa do Brasil, contra o Água Santa.

No total, foram quatro bolas na trave - duas para cada lado -, sem contar várias chances criadas pelos dois times.

Os goleiros Léo Jardim e Fabrício foram destaques em um jogo muito aberto.

O duelo de volta será domingo (17), às 16h. A Ferj ainda vai confirmar o local. Uma das possibilidades é o Mané Garrincha, em Brasília.

O Vasco precisa vencer por pelo menos um gol de diferença. Se der empate, o Nova Iguaçu é quem avança, porque tem a vantagem em razão de ter melhor campanha na Taça Guanabara.

Nova Iguaçu melhor

O Nova Iguaçu já mostrou capacidade de pressionar o Vasco no primeiro tempo. Embora o time da Colina tenha começado o jogo melhor, aos poucos foi se perdendo e vendo a Laranja Mecânica controlar o meio-campo.

Zé Gabriel e Galdames não se encontravam, davam espaços e o time errava saída de bola ainda.

O Nova Iguaçu viu que era possível "beliscar" o Vasco e acertou duas bolas na trave durante o primeiro tempo.

O Vasco, por sua vez, criou menos, mas fez o goleiro Fabrício trabalhar algumas vezes.

VAR valida o gol e reação vascaína

Depois do intervalo, o Vasco trocou os dois volantes e mexeu na ala direita. Prova de que Ramón Diaz estava insatisfeito e as vaias do torcedor minutos antes faziam sentido.

Mas o Nova Iguaçu continuou muito bem organizado. Sobretudo com o quarteto ofensivo ? formado por Yago, Bill, Xandinho e Carlinhos ? se entendendo bem.

Em uma dessas subidas, a defesa do Vasco cochilou. Carlinhos conseguiu finalizar, a bola foi na trave. No rebote, Xandinho mandou para a rede.

Detalhe é que o assistente levantou a bandeira antes da finalização, mas o árbitro não apitou. Logo, o impedimento foi assinalado depois do gol.

Só que o VAR entrou em ação. O gol foi validado após a checagem da cabine.

O Vasco demorou um tempo até se reorganizar do baque. Mas a pressão veio. Payet teve a chance mais clara até então, mas o goleiro Fabrício fez um milagre.

Enquanto isso, o Nova Iguaçu se valia dos contra-ataques e levava muito perigo também. O 2 a 0 ficou muito próximo, se não fosse Léo Jardim em pelo menos três ocasiões claras de gol.

O Vasco também engatou uma série de chances criadas. Mas só a cabeçada de Lucas Piton trouxe o alívio para a torcida.

O empate mantém o time vivo e com condições de avançar à decisão com uma vitória simples no próximo domingo. Mas não foi sem sofrimento. Longe disso.

Outros lances importantes

Tapinha de Léo Jardim! Nova Iguaçu avança pelo meio, e após cochilho de Zé Gabriel a bola sobra para Carlinhos. O atacante quase da meia-lua chuta e obriga o goleiro do Vasco a dar um tapa na bola para escanteio, aos 13 minutos do primeiro tempo.

Boa tabela! Vasco tenta abir espaço na defesa adversária por meio de passes rápidos. A tabela funciona e Galdames deixa Clayton em condições de finalizar na área. A batida é firme, mas não tão colocada. O goleiro defende, aos 19 minutos do primeiro tempo.

Tirou tinta! Chute perigosíssimo de fora da área dado por Albert. A bola passa triscando o travessão de Léo Jardim, aos 23 minutos do primeiro tempo.

Grande defesa! Vasco tenta sufocar e aumenta a pressão. Lucas Piton arrisca de fora da área, pega firme na bola, mas Fabrício Santana voa para fazer a defesa, aos 25 minutos do primeiro tempo.

Na trave! A melhor chance do jogo até então foi do Nova Iguaçu. A batida com estilo do lateral Yan Silva explodiu na trave de Léo Jardim, aos 30 minutos do primeiro tempo.

De novo na trave! E teve mais chance clara do Nova Iguaçu. Yago chuta colocado e acerta na trave de novo. A bola volta para ele, que bate sem ângulo para defesa de Léo Jardim, aos 39 minutos do primeiro tempo.

Quase o segundo! Contra-ataque do Nova Iguaçu, Carlinhos ganha na corrida, limpa a marcação, mas não consegue dar a cavadinha para tirar Léo Jardim da jogada. Chance claríssima desperdiçada, aos 17 minutos do segundo tempo.

Absurdo de defesa! Vasco tenta reagir cruzando bola para a área. Piton escora para o meio e Payet bate com estilo, mas o goleiro Fabrício faz uma defesa sensacional. A bola ainda explodiu no travessão em seguida, aos 21 minutos do segundo tempo.

Olha a trave de novo! Agora foi a vez de o poste impedir um gol do Vasco. Payet chutou rasteiro, no cantinho, o goleiro estava batido... mas a bola explodiu na trave direita, aos 38 minutos do segundo tempo.

 

FICHA TÉCNICA

 

VASCO 1 X 1 NOVA IGUAÇU

 

Local: Maracanã (RJ)

Data/Hora: 10/3/2024, às 18h30 (de Brasília)

Árbitro: Alex Gomes Stefano

Assistentes: Gustavo Mota Correia e Daniel de Oliveira Alves Pereira

Cartões amarelos: Sérgio Raphael, Igor Fraga (NIG); João Victor (VAS)

Cartões vermelhos: Matheus Carvalho (VAS); Fernandinho (NIG)

Gols: Xandinho, aos 7'/2ºT (0-1); Lucas Piton, aos 33'/2ºT (1-1)

 

Vasco: Léo Jardim, João Victor, Medel e Léo (Adson); Paulo Henrique (Puma Rodríguez), Zé Gabriel (Matheus Carvalho), Galdames (Sforza), Payet e Lucas Piton; Clayton (David) e Vegetti. Técnico: Ramon Díaz.

 

Nova Iguaçu: Fabrício Santana, Yan Silva, Gabriel Pinheiro, Sérgio Raphael e Maicon Esquerdinha; Igor Fraga (Fernandinho), Albert (Emerson Carioca) e Yago (Ronald); Bill (Sidney), Xandinho (Maxsuell Alegria) e Carlinhos. Técnico: Carlos Vitor.