Brasil leva baile, mas empata contra a Espanha com pênalti nos acréscimos
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A seleção brasileira começou mal, reagiu e empatou um amistoso frenético contra a Espanha, disputado nesta terça-feira (26) no Santiago Bernabéu, em Madri. O jogo foi 3 a 3, teve três pênaltis -dois duvidosos, para os espanhóis- e gol de Endrick.
O atacante ainda do Palmeiras foi um dos personagens do jogo, porque entrou no segundo tempo e fez o gol que deixou o placar, na ocasião, em 2 a 2.
Endrick fez gol pelo segundo jogo seguido na seleção. Ele já tinha marcado na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra.
O jogo foi intenso e teve altos e baixos da seleção brasileira. O time de Dorival saiu perdendo por 2 a 0, mas buscou a igualdade (2 a 2) e não desistiu quando a Espanha fez o terceiro.
Além de Endrick, Rodrygo e Paquetá fizeram os gols pelo lado brasileiro. O terceiro saiu já nos acréscimos, em um pênalti marcado aos 50 minutos do segundo tempo.
Na Espanha, Rodri, dias vezes de pênalti, e Dani Olmo, com uma jogada espetacular, balançaram as redes.
Dorival Júnior, desta forma, passa invicto pelos dois primeiros jogos no comando da seleção brasileira.
Endrick fez seu primeiro gol no Santiago Bernabéu, antecipando o futuro que parece ser promissor, tanto com a camisa do Brasil, quanto pelo Real Madrid, o time dono do estádio.
O próximo jogo do Brasil será em 8 de junho, contra o México. Mas não há mais partidas antes da convocação final para a Copa América.
PRIMEIRO TEMPO ESPANHOL
O primeiro tempo foi da Espanha, com sobras. O time da casa impôs um domínio da posse de bola, marcando com pressão nas raras vezes que perdia e conseguindo sufocar o Brasil.
A seleção brasileira não conseguia encaixar passes. Muitos erros prejudicaram o time de Dorival, sobretudo na fase inicial das jogadas.
A Espanha deu volume pelas pontas. E conseguiu um pênalti. O lance foi muito duvidoso. Não teve VAR no jogo, e aí ficou pela interpretação inicial do árbitro de que João Gomes derrubou Yamal na área. Pelas imagens, o lance pareceu forçado. O gol de Rodri, que acertou a cobrança, deixou o Brasil ainda mais atordoado.
Muita gente estava jogando mal na seleção brasieira. Muitos erros individuais na marcação, uma linha defensiva muito baixa e erros de passes curtos na articulação ofensiva minavam o jogo do Brasil.
Dani Olmo, para completar, fez uma pintura. Um golaço. Recebendo na área cercado de brasileiros, ele deu uma caneta em Beraldo, deixou Bruno Guimarães na saudade e fez o segundo gol, aos 35 minutos. O Brasil derretia.
Mas o enredo do jogo começou a mudar com uma falha do goleiro Unai Simón na saída de bola. Rodrygo aproveitou e fez outro golaço, tocando de cobertura, dando ar de esperança para o segundo tempo.
Mas a esperança para o futuro da seleção -e do Real Madrid- estava no banco, mas já no aquecimento.
ENDRICK APARECE
Dorival fez quatro substituições logo na volta para o segundo tempo. Sacou dois meio-campistas que estavam mal no jogo (João Gomes e Bruno Guimarães), mexeu na lateral (sacou Danilo) e, especialmente, mexeu no ataque. Endrick entrou no lugar de Raphinha.
Quatro minutos. E gol dele. De novo. Assim como no jogo contra a Inglaterra, Endrick balançou as redes pela seleção. Ele estava solto na área após cobrança de escanteio mal afastada pela zaga espanhola.
A batida firme, de primeira, no canto fez o estádio delirar. Até os espanhóis, imaginando o que será a apartir do segundo semestre, quandro Endrick, Vini Jr. e Rodrygo estiverem juntos pelo Real Madrid.
Apesar da reação, o Brasil seguiu com dificuldades de travar a Espanha. Tanto que Dorival insistiu em reforçar a marcação com mais uma substituição, tirando Vini Jr.
Um capítulo à parte foi o aplauso em pé de vários torcedores, apesar do jogo ruim do capitão brasileiro. Um afago de quem está acostumado a exaltar os feitos de Vini dentro de campo e também deu força a ele diante da luta contra o racismo.
Mas o Brasil seguiu pressionado. O ponto positivo foi a atuação do goleiro Bento, muito seguro, mostrando que pode ser opção quando Alisson e Ederson não estiverem disponíveis, como é o cenário atual.
Mas aí a arbitragem aprontou de novo. O árbitro marcou pênalti em de Beraldo em Carvajal em uma disputa na área. Não tinha VAR. Rodri converteu mais uma vez. O ar de injustiça nos brasileiros era nítido.
O Brasil ainda foi para cima e aí outro pênalti, agora sem discussão. Galeno teve as pernas puxadas por Carvajal na área, já aos 50 minutos do segundo tempo. Paquetá converteu e selou o empate em um jogo alucinante.
Ficha técnica
Espanha 3 x 3 Brasil
ESPANHA
Unai Simón, Carvajal, Le Normand (Cubarsí), Laporte e Cucurella; Rodri, Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal, Nico Williams e Morata (Oyarzabal). T.: Luis de la Fuente
BRASIL
Bento, Danilo (Yan Couto), Fabrício Bruno, Beraldo e Wendell; Bruno Guimarães (André), João Gomes (Andreas Pereira) e Lucas Paquetá; Vini Jr (Paquetá), Rodrygo e Raphinha (Endrick). T.: Dorival Júnior
Estádio: Santiago Bernabéu, em Madri (ESP)
Juiz: Antonio (POR)
Assistentes: Bruno Miguel Alves de Jesus e Luciano Antonio Gomez Maia (POR)
VAR: Não houve
Cartões amarelos: Le Normand, Laporte (ESP); Bruno Guimarães, Endrick, Andreas Pereira (BRA)
Gols: Rodri, 12'/1ºT (1-0); Dani Olmo, 35'/1ºT (2-0); Rodrygo, 38'/1ºT (2-1); Endrick, 4'/2ºT (2-2); Rodri, 41'/2ºT (3-2); Paquetá, aos 50'/2ºT (3-3)