ginasta Raphael Silva

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Raphael Silva Ginasta vive o auge da carreira ?s v?speras
do primeiro Mundial na categoria principal

Fabricio Werneck
Colabora??o*
26/09/2007

Tudo come?ou aos oito anos de idade. Uma prima j? praticava a gin?stica de trampolim, quando Raphael Silva resolveu enveredar por esses caminhos. No in?cio, era uma brincadeira que acabou virando paix?o. "Gosto dessa parte de acrobacia, de saltos, e tamb?m da adrenalina das competi?es", explica Raphael.

Aos 20 anos, Raphael est? cursando o 4? per?odo do curso de Educa??o F?sica, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Recentemente, entrou como volunt?rio no projeto "Escola de Gin?stica Ol?mpica e de Trampolim", que faz a inicia??o, principalmente, de crian?as na pr?tica desse esporte.

Rotina de treinamentos

Raphael integra a sele??o brasileira de gin?stica de trampolim, na modalidade tumbling, desde 1996. Desde ent?o, n?o ficou de fora de nenhuma seletiva classificat?ria para torneios. Esse ano vai competir pela primeira vez na categoria principal. "A gente sempre sente um friozinho na barriga", diz.

O atleta est? convocado para a disputa do Mundial da modalidade entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, em Quebec, no Canad?. A equipe ? composta por tr?s atletas e um t?cnico. Os juizforanos Raphael e Tiago Rom?o, al?m do t?cnico Wanderson Zambelli fazem parte desse time.

O ritmo de treinamento segue firme com a proximidade da competi??o. "Eu chego por volta de 18h para o treinamento. ?s 20h, eu vou para a academia para fazer a parte de muscula??o", esclarece.

Como todo atleta de alta performance, Raphael segue um dieta alimentar. "Eu tenho seguido uma dieta para perder um peso ainda at? o Mundial. Estou voltando agora ao peso ideal. Sempre d? uma escapadinha", afirma em meio aos risos.

Falta de patroc?nio

A falta de apoio ? uma realidade para a maioria dos atletas brasileiros. "Por n?o ser uma modalidade ol?mpica ? mais dif?cil conseguir ajuda. Equipamento, local de treino, tudo ? muito dif?cil", afirma o atleta que j? deixou de ir a dois mundiais por falta de patroc?nio.

Raphael, que j? recebeu apoio de uma empresa sider?rgica do pa?s em outros campeonatos, afirma ser necess?rio R$ 6 mil para o custeio de sua viagem ao Canad?. "N?o recebo nenhum apoio da Confedera??o Brasileira de Gin?stica (CBG). N?o entendo porque as empresas tamb?m n?o d?o apoio com essa lei de abatimento no imposto de renda", relata.

Resultados
O ginasta foi descoberto pela t?cnica Roseana Mendes, com quem treinou at? o ano passado. Participou de v?rios mundiais nas categorias de base sob o comando da t?cnica, o que serviu de experi?ncia para hoje comp?r a equipe principal. Raphael come?ou a treinar com Wanderson apenas no ano passado e j? partem para disputa do primeiro Mundial juntos.

Por coincid?ncia, o primeiro Mundial disputado por Raphael foi realizado no Canad?, em 1996. Na ocasi?o, ficou com o 6? lugar. J? disputou cinco mundiais e no ?ltimo, em 2005, ficou na 24? posi??o. "As minhas melhores participa?es foram conseguidas no Canad? e esse ano ? l? de novo", declara o atleta, confiante em uma melhora de resultados.

Planos

Os atletas da gin?stica de trampolim chegam a competir at? os 27 anos de idade, mas essa n?o ? uma vontade de Raphael. "Eu pretendo continuar nesse ritmo de treinamento por mais uns dois, tr?s anos", afirma.

Mas quem pensa que Raphael vai abandonar o barco, est? enganado. O ginasta ? um apaixonado pelo esporte e n?o pretende trilhar outro caminho. "Pretendo um dia ser t?cnico. N?o consigo ficar sem isso n?o, ? o que eu gosto de fazer". Para isso, o ginasta espera terminar a faculdade e se especializar em outra ?rea. "Quero terminar e entrar num mestrado direto ou ainda fazer faculdade fisioterapia ou nutri??o. Quem dera pudesse viver s? dos meus treinos, mas se com estudo j? ? dif?cil, imagina sem.".

*Fabr?cio Werneck ? estudante de Comunica??o Social da UFJF