Apesar da vitória, jogo não esconde as deficiências do Flamengo
Vitória não esconde as deficiências do Fla
O Flamengo teve muitas dificuldades para vencer o lanterna e um dos times mais fracos do campeonato. Se não fosse pela noite inspirada de Renato Abreu nas cobranças de falta, o caldo poderia ter entornado, já que, com a bola rolando, a coisa estava feia! Muitos erros de passes, pouca criatividade na armação das jogadas e os costumeiros vacilos do setor defensivo.
O garoto Adryan deu um pouco mais de vida ao setor ofensivo do Fla e marcou um bonito gol. Ele tem talento. Mas, é bom ir com calma, para não queimar um jogador tão jovem. Por outro lado, os mais experientes estão devendo. E mesmo com a vitória, Joel continua na constante berlinda.
Rapidinhas...
Galo continua bicando forte — Belíssima vitória fora de casa e liderança nas mãos! O Atlético mais uma vez mostrou força e conseguiu importantes três pontos fora de casa. Bernard, autor de uma pintura de jogada, e Jô, que finalizou a obras do companheiro com maestria, são frequentes protagonistas desse time. O jovem meia é o termômetro do esquema de Cuca, enquanto o atacante, que assumiu a posição de comandante do setor ofensivo após a lesão do André, tem correspondido. Para completar o ciclo de contratações pontuais, veio o goleiro Vitor. Ao fim do campeonato estadual, foram abordadas nessa coluna as carências do Galo. Pois bem, elas agora foram supridas. É bom ficar de olho nesse time...
Enfim, Seedorf é do Fogão — A labuta foi longa! E como foi. Mas, o trabalho realizado pela cúpula alvinegra, com sigilo, contato permanente com os agentes do holandês e a apresentação do tão falado projeto que extrapolasse as quatro linhas, fez com que o desfecho fosse feliz. A vinda de Seedorf, que rejeitou propostas financeiramente bem superiores, é histórica. Fora de campo, a imagem do astro será bastante explorada pelo departamento de marketing do clube, um dos mais criativos do país. Dentro de campo, fica a expectativa. Primeiro, em relação ao tempo de recondicionamento do jogador para a estreia. Segundo, sobre a sua adaptação ao futebol brasileiro, após uma carreira de quase duas décadas na Europa. Posto tudo na balança, creio que essa foi uma grande cartada da diretoria. O Botafogo precisa resgatar sua grandeza, trazer a torcida novamente para o seu lado e, principalmente, brigar por títulos. E nada melhor que um ídolo para proporcionar tudo isso.
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Diego Alves tem 25 anos e é amante do futebol. É jornalista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pós-graduando em jornalismo esportivo. Hoje é comentarista do programa Na Área, da Rádio Universitária FM, também de Viçosa.