Abram alas para a emo??o
Abram alas para a emo??o
Foram-se as serpentinas e os confetes. Ficaram as lembran?as do som da
bateria, dos trios el?tricos, da confus?o das ruas e dos hits do ver?o. O
carnaval j? passou na avenida, mas, em um ano rico para o esporte, as
principais alas ainda v?o passar. De nossas esperan?as no Tupi, em Juiz de
Fora, ao sonho do hexa, na Alemanha, muitos destaques tentar?o dar seu show
na passarela.
Vil?es e her?is ganhar?o vida e, ao final de tudo,
descobriremos que mais uma vez nos emocionamos com um simples gol, um grande
t?tulo, uma frustra??o imposs?vel de engolir ou apenas alguns instantes de
esperan?a. ? como na avenida, em que um ano de trabalho costuma estar em
jogo em alguns minutos, segundos, ou porque n?o mil?simos deles em alguns
esportes.
Na comiss?o de frente dos Unidos do Esporte em 2006, o Tupi come?ou ganhando
nota 10. Mas h? que se lembrar que nem todos os jurados est?o no in?cio da
passarela, e o principal julgamento no futebol sempre foi o ?ltimo. Aquele
que se d? na reta final. Com o qual se perde ou se ganha o carnaval. Bem
verdade que a ala preta e branca passou por dificuldades. Por pouco n?o
entrou na avenida, mas deu a volta por cima. O que se espera, no entanto, ?
que tudo n?o seja mera fantasia.
J? chegando na passarela, e apresentando novidades, a F?rmula Um, mesmo sem
destaques no pa?s h? alguns anos, continua dando samba no Brasil. E esse
ano, a mon?tona situa??o dos pilotos brasileiros promete mudar. Se v?o
ganhar pontos nessa evolu??o ainda iremos saber, mas o certo ? que as novas
alegorias de Rubens Barrichello e Felipe Massa podem nos dar um m?nimo de
esperan?a de que ainda podemos sonhar com vit?rias verde-amarelas nas
passarelas de asfalto pelo mundo.
Seja com a velha guarda, ou com os passistas mirins, que est?o debutando com a camisa verde-amarela, Parreira sabe que o desfile n?o se ganha na concentra??o. De nada adianta ter os melhores destaques, as melhores alegorias e o maior n?mero de t?tulos, se na hora a harmonia n?o funcionar.
Saber? ele, por?m, que do lado de c? do mundo, estaremos, como porta-bandeiras, estampando o orgulho do pavilh?o brasileiro, mesmo que seja apenas por uns meses e por uma raz?o: somos a rep?blica do futebol. Podemos at? guardar a bandeira depois, mas continuaremos nos remoendo por dentro, afinal, o amor pelo esporte nunca foi, e nunca ser?, como um amor de carnaval.