Milhções de emo?es
Milhões de emoções
A grande questão para este jogo que tenho que colocar em evidência é o regulamento, que felizmente não foi utilizado em sua pior maneira. Após a partida ficar paralisada por mais de 50 minutos em decorrência das fortes chuvas que caiam no estádio e, literalmente, alagar o campo, o jogo voltou e nada foi prejudicado. Mas, caso as chuvas não parassem após o juiz interromper o jogo aos 22 minutos do primeiro tempo, um novo jogo teria que ser remarcado, começando do minuto 0 e em 0 a 0. Era como se o jogo de ontem nunca tivesse existido.
Felizmente a chuva parou e a arbitragem mandou voltar. A ansiedade que tomava conta dos mais de 55 mil presentes no estádio era evidente, principalmente pela desinformação. Afinal, até os comentaristas do Premiere citaram que o Vasco conta com uma força política muito grande na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) e as teorias conspiratórias já desconfiavam de uma manobra para que o jogo não voltasse. Eu mesmo achei que, com o placar em desvantagem, seria a melhor saída, esportivamente falando, para a equipe cruz-maltina. E, obviamente, se o dilúvio não parasse, não havia a menor condição de se jogar futebol.
Não é um complexo de perseguição com o Vasco por eu ser flamenguista. Torci muito para a partida voltasse pois penso que uma ida ao estádio não é somente o valor do ingresso. Tenho amigos, nas duas torcidas, que viajaram de Juiz de Fora ao Rio para ver. Se a partida fosse cancelada, eles teriam o dinheiro do ingresso de volta, mas quem pagaria o transporte? Quem organizaria a saída de 56 mil torcedores do Maracanã com o Rio de Janeiro inundado?
Enquanto faltava informações por parte dos torcedores na arquibancada, na televisão os repórteres do Premiere faziam de tudo para informar o espectador. O diretor de competições da FFERJ falou que, se o jogo fosse cancelado, não saberia em que data poderia acontecer! Explicou que um novo jogo teria que ser remarcado e que seria como aquele nunca tivesse existido. Imagine o rebuliço que isso causou.
O comandante da PM também mostrou preocupação com a saída dos torcedores, o que poderia ser um problema, principalmente com as imediações do estádio sem condições de uso. Foram várias imagens que pipocaram nas redes sociais sobre o estado catastrófico que se encontrava o entorno do Maracanã. Não havia a menor condição de alguém sair.
Para o bem do futebol, prevaleceu o bom senso e a ajuda do tempo, que diminuiu o volume de chuvas e a drenagem funcionou muito bem, deixando o campo praticamente seco quando a partida retornou. Mas que, independente do placar, foi um jogo de emoções do início ao fim, isso foi.
A pergunta que fica é: por que diabos um time de futebol assina um regulamento assim, quando o da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) diria que o jogo teria que ser retomado do instante em que parou, com o placar sendo mantido, se não tiver sido disputado 75% dos jogo?
- Robinho? De novo?
- Deixem o Imperador em paz!
- Flamengo em Foco. Já atuou em veículos impressos da cidade e como assessor de imprensa na PJF e na Câmara Municipal.