Bola rolando, povo vibrando...

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Bola rolando, povo vibrando... Mesmo no sem gra?a jogo da Alemanha com a Costa Rica, torcedores de Juiz de Fora ficaram na porta das lojas de eletrodom?sticos

Ricardo Corr?a
Rep?rter
junho/2006

A Copa do Mundo ? capaz de transformar mesmo as coisas. O que dizer de uma partida entre Alemanha e Costa Rica. Se fosse um jogo comum, passaria em branco. Mas por ser a abertura do maior campeonato de futebol do mundo. Por ser a estr?ia dos donos da casa, e s? por estar dentro da disputa que o mundo inteiro acompanha, faz toda a diferen?a. O jogo simples, bobo e at? banal transforma-se em algo digno de aten??o, nem que seja por alguns minutos, ou segundos. Basta passar em frente ?s lojas de eletrodom?sticos de Juiz de Fora.

As poucas lojas que resolveram exibir o jogo entre Alemanha e Costa Rica nos televisores que estavam ? venda viram o passeio em frente ficar tomado. Gente que passava, s? dava uma espiada, ou parava para ver a partida de abertura do torneio na Alemanha. Gente que n?o confessa estar em hor?rio de trabalho. ?s 14h20, aproximadamente, todos os entrevistados garantiam: estou em hor?rio de almo?o.

Trabalhando ou n?o, n?o custa dar uma olhadinha e aproveitar para avaliar nossos rivais em a??o. No in?cio do segundo tempo, quando a Alemanha ainda ganhava apertado por 2 a 1, ningu?m se impressionava com os tricampe?es.

J?lio C?sar de Oliveira desconversou. Disse n?o ter nada contra a Alemanha nem a Costa Rica e que, por isso, n?o torcia para ningu?m. Jurandir das Neves de Souza tamb?m n?o tomou partido. Apenas parou para observar um peda?o do jogo, mas fez quest?o de deixar claro que n?o via a Alemanha como uma for?a capaz de vencer o Brasil nessa Copa do Mundo.

"Se chegar na final n?o ag?enta o Brasil n?o. O time deles ? bom, mas n?o ganha do nosso. Acho que o advers?rio mais dif?cil ? a Argentina, mas n?o ganha do Brasil tamb?m n?o. Pelo que tem feito o Brasil n?o perde para ningu?m n?o", avalia Jurandir.

Raul Marques Amaral viu o primeiro tempo em casa, enquanto almo?ava. Na hora de ir para o trabalho, parou em frente ? loja e acompanhou a partida. E preferiu torcer para a Alemanha, que para ele tem um time forte. Mesmo assim, acredita que o Brasil ? mais forte e que s? a Argentina pode aprontar alguma coisa para cima da nossa Sele??o. Mesmo sem a camisa amarelinha em campo, ele n?o perde nenhum jogo da Copa.

"Hoje ? que estou trabalhando, mas eu sempre fico em casa vendo os jogos. N?o perco n?o", disse o juizforano, que aproveitou para dar um conselho a Parreira:

"Segure o Cafu e o Roberto Carlos. N?o pode deixar eles irem muito para a frente, sen?o vamos tomar gol", avisou.

Ant?nio Salgado assistia em frente ? outra loja e tamb?m quis dar seu palpite. Alheio ao resultado do jogo da Alemanha, j? que quando foi entrevistado nem sabia ainda quanto estava, ele levantou hip?teses de times menos tradicionais que podem surpreender nessa Copa.

"Acho que a Su?cia vai surpreender. A Cro?cia tamb?m eu acho que vai surpreender o Brasil", faz suas avalia?es.

Confiantes ou n?o, animados ou n?o, os juizforanos come?aram a viver o clima de Copa do Mundo. Viram a Alemanha vencer na estr?ia, por 4 a 2, mas, mais do que isso, viram daqui, o que o mundo inteiro viu de l?: o maior campeonato de futebol do planeta j? come?ou!