Abrem-se as cortinas, começa a o espet?culo!
Abrem-se as cortinas... Alunos da Faculdade de Comunica??o da UFJF transmitem os jogos da Copa do Mundo e se preparam para o futuro do jornalismo esportivo
Rep?rter
junho/2006
Mas transmitir emo??o n?o ? uma coisa f?cil. N?o significa apenas contar o que acontece. Suprir todos os outros sentidos e fazer com que, mesmo assim, apenas com a audi??o, uma pessoa consiga viver a emo??o do que acontece a quil?metros de dist?ncia requer habilidade. Experi?ncia e treinamento fazem toda a diferen?a.
E ? por isso que alunos da Faculdade de Comunica??o da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) est?o desenvolvendo um projeto de transmiss?o de todas as partidas da Copa do Mundo da Alemanha. ? uma oportunidade ?nica para os muitos que sonham em se tornar jornalistas esportivos. E n?o h? uma ?poca melhor para isso do que esta que estamos vivendo.
Felipe Mendes, 20 anos, concorda com ele. Comentarista nas transmiss?es da R?dio Universit?ria, ele, assim como Maiycon, sonha em trabalhar no jornalismo esportivo. Ele sabe que Juiz de Fora n?o tem dado muitas oportunidades para quem quer encarar a ?rea, e por isso mesmo quer se qualificar.
"Comecei a faculdade por causa disso. Interessei-me pelas transmiss?es pois ? uma oportunidade de colocar em pr?tica o que aprendemos. E foi uma iniciativa pr?pria. Fizemos a Liga dos Campe?es da Europa, alguns amistosos do Brasil. Primeiro gravado e depois fomos ganhando a confian?a do M?rcio (M?rcio Guerra, professor da disciplina Jornalismo Esportivo) e estamos fazendo a Copa", explica Felipe, que estava animado para comentar Su?cia e Paraguai, por ser um jogo que coloca frente a frente advers?rios de futebol bem diferente.
Na cara do gol
"Vou narrar alguns jogos das quartas-de-final e das oitavas ent?o e estou animado. O primeiro que narrei foi Aleamanha e Costa Rica, que foi um jogo compliado. A escala??o s? saiu em cima da hora. As substitui?es do intervalo n?s n?o ficamos sabendo", explica Werneck, que assim d? algumas mostras da dificuldade que ? narrar um jogo pela televis?o.
Um narrador, um rep?rter cobrindo o ataque de cada um dos times, um comentarista e um chamado "plant?o esportivo". Normalmente ? assim que funciona uma equipe de transmiss?es. Se no cargo de narrador ainda ? raro ouvir mulheres em a??o, nas outras fun?es o preconceito j? est? virando coisa do passado. E isso estimula ainda mais Juliana Zoet, 21 anos, que tamb?m participa da equipe de transmiss?es da R?dio Universit?ria.
Juliana sempre gostou de televis?o, mas, at? por gostar de praticar esportes, viu o jornalismo esportivo se tornar uma paix?o. Como sabe que o r?dio ? a maior escola para a televis?o, quis participar das transmiss?es. Antes, ela, como todos os outros, realizaram um treinamento, com o professor M?rcio Guerra. Agora, ? mostrar o que sabe.
Sai Juliana Zoet, que acompanhou o jogo da Espanha contra a Ucr?nia, e entra Tatiane Hilgember, 21, para uma tarefa ainda mais dif?cil. Ser rep?rter na partida entre Ar?bia Saudita e Tun?sia. Ela ? respons?vel pelo time da Ar?bia Saudita e, exatamente por isso, j? quebrava a l?ngua antes da partida come?ar, tentando decorar as pron?ncias dos nomes dos jogadores ?rabes.
Se os nomes ainda n?o s?o familiares, as tarefas na transmiss?o j? s?o. "O treinamento que fizemos antes foi muito importante. Conhecemos melhor cada posi??o da transmiss?o. O que faz o rep?rter, o narrador, o comentarista", explica a estudante, que gostou da oportunidade de conhecer pessoas que ainda n?o conhecia bem na faculdade, e agora formam a equipe.
O comentarista Giliard Ten?rio, 23, resume a oportunidade que os alunos est?o tendo: "? uma experi?ncia de vida".
Quem quiser acompanhar o trabalho da R?dio Universit?ria na Copa do Mundo, pode faz?-lo pela internet. O endere?o ? http://www.radio.ufjf.br. ? clicar, ouvir, decorar os nomes e come?ar a se acostumar com as novas vozes que poder?o ser os transmissores da emo??o no futuro.