Tupi tem poucos registros de sua história

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Tupi tem poucos registros de sua hist?ria Em entrevista com jornalistas e personalidades do futebol juizforano, Roney Testa busca resgatar a hist?ria do Tupi h? menos de quatro anos do centen?rio do clube


Guilherme Ar?as
Rep?rter
04/12/2008

H? pouco menos de quatro anos de completar o centen?rio de sua funda??o, o Tupi ainda n?o possui uma publica??o oficial que reconte a hist?ria de um dos mais tradicionais clubes de Juiz de Fora. Com a inten??o de preencher esta lacuna e come?ar um estudo sobre a trejat?ria do clube de Santa Terezinha, o jornalista Roney Augusto Testa (foto abaixo e v?deo ao lado) iniciou uma pesquisa detalhada.

"Tupi Foot Ball Club - 'A repentina explos?o dos carij?s' - Uma hist?ria de luta, paix?o e ra?a" foi escrito como trabalho de conclus?o do curso de Comunica??o Social e contou com entrevistas de cerca de 30 jornalistas e personalidades que presenciaram as mais diversas ?pocas do galo carij?, como Paulo Cesar Magela, Tarc?sio Delgado, Geraldo Magela Tavares, M?rcio Guerra, M?rcio Augusto Campos, Ivan Costa e Ailton Alves.

Em aproximadamente quatro meses, o trabalho ganhou as formas de um dos mais importantes registros da trajet?ria do Tupi. "O objetivo foi tra?ar a hist?ria e tamb?m ressaltar a import?ncia que o clube tem em Juiz de Fora", informa Roney.

Entre as an?lises feitas pelo jornalista tamb?m est?o fatos recentes do clube, como a pol?mica rela??o do Tupi com uma empresa de comunica??o e os desdobramentos pol?ticos que isso causou. Roney tamb?m conta em seu estudo a passagem rel?mpago do baixinho Rom?rio pelos gramados juizforanos.

"O Rom?rio treinou dois dias, foi para o JF Folia e depois foi embora. Essa passagem dele foi boa por um lado, ao dar visibilidade at? internacional ao Tupi, mas por outro lado o clube virou motivo de chacota", analisa.

Outro caso da hist?ria recente do Tupi vivenciado pelo jornalista foi a sofrida disputa pela s?rie C do Campeonato Brasileiro de 1997, em que na fase final o clube perdeu os tr?s ?ltimos jogos, quando precisaria ganhar apenas um para disputar a s?rie B. "Na fase anterior o Tupi conseguiu ganhar de 8 a 1 do Ava?, foi um dos jogos mais importante do clube e tudo indicava que o time ia conquistar a vaga para a s?rie B. Poderia ter sido a oportunidade para o Tupi deslanchar no futebol brasileiro", lembra.

O carij? canta de galo

Vizinho do Est?dio Salles de Oliveira, Roney considera que o clube juizforano viveu alguns momentos de auge durante a sua hist?ria. Nos anos 60, comandado por Geraldo Magela Tavares, o galo carij? ficou conhecido como o "Fantasma do Mineir?o", quando coseguiu vencer as tr?s principais for?as do futebol mineiro da ?poca - Cruzeiro, Atl?tico e Am?rica - dentro do Mineir?o.

Duas d?cadas depois o time conquistou dois campeonatos do interior de Minas, nos anos de 1985 e 1987. Depois desta ?poca os juizforanos ficaram um bom tempo em jejum de conquistas do carij?, at? que o clube retomou o caminho dos t?tulos com a conquista do M?dulo II do Campeonato Mineiro, em 2006.

Com os passos rumo ?s novas conquistas, a renova??o da torcida foi inevit?vel. Mas o jornalista avalia que o perfil do torcedor carij? segue uma tend?ncia comum. "Juiz de Fora sempre foi caracterizada pela torcida pelos times do Rio. Os novos torcedores que o Tupi ganhou n?o deixaram de torcer para as equipes cariocas, mas come?aram a dar aten??o ao time local. O importante ? que a equipe tenha aopio".

Clube sem registros

Para contar a hist?ria do clube quase centen?rio, al?m de realizar as entrevistas, Roney recorreu ? pouca bibliografia que existe sobre o tema, o que considera lament?vel pela import?ncia do Tupi no futebol mineiro. "Fiquei espantado com a falta de publica?es sobre o clube", relata.

O que h? de registros impressos s?o livros que contam a trajet?ria do futebol de v?rios clubes juizforanos nas d?cadas de 60 e 70, al?m do livro de cr?nicas "A Saga dos Carij?s", lan?ado em 2004 pelo jornalista Ailton Alves.

"O que mais me ajudou foram duas revistas lan?adas na d?cada de 80 sobre a hist?ria do Tupi, que me foram emprestadas pelo diretor do clube, ?ureo Fortuna. Uma delas trata da reforma do Est?dio Salles de Oliveira", lembra Roney.

O jornalista revela o sonho de continuar a pesquisa para registrar mais detalhes da hist?ria carij?. Mas ele garante que o incentivo de fora ? importante para a continuidade do trabalho. "Ainda existem muitas pessoas que precisam ser entrevistadas para registrar a hist?ria do clube. Mas correr atr?s disso sozinho ? dif?cil".

Autores do hino: Geraldo Santana, Messias Rocha e Carlos Odilon