Tupi vence o Santa Cruz e segue com vantagem para a final no Recife

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Tupi vence o Santa Cruz e segue com vantagem para a final no Recife Com a vitória por 1 a 0, Carijó jogará pelo empate ou até derrota por um gol de diferença desde marque no Estádio do Arruda

Victor Machado
*Colaboração
14/11/2011

O Tupi deu o primeiro passo na busca pelo título do Campeonato Brasileiro da Série D 2011 no último domingo, 13 de novembro. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Santa Cruz, a equipe segue para o Recife com a vantagem do empate ou derrota por um gol diferença, desde que marque na segunda partida. A decisão será no domingo, 20 de novembro, às 16h50, com transmissão do Portal ACESSA.com em parceria com a Rádio Globo Juiz de Fora.

O jogo foi tipicamente de decisão. Com os dois times respeitando-se muito desde o início, o Tupi foi mais eficiente e aproveitou uma das chances de gol que teve ao longo da partida. No primeiro tempo, o Carijó trabalhou bem a bola e não sentiu o peso do jogo decisivo, porém o Santa Cruz levava perigo nos contra-ataques.

E foi o time pernambucano que teve a primeira chance clara de gol. Aos 25 minutos, Flávio Caça-Rato recebeu um belo passe e ficou cara a cara com o goleiro, mas demorou a chutar e o zagueiro do Tupi Wesley Ladeira conseguiu se recuperar e travar o chute do atacante do Santa Cruz. Depois do lance perdido por Flávio Caça-Rato, o Tupi aumentou a pressão e, aos 42 minutos, Ademilson recebeu passe de Marquinhos e chutou forte para fazer 1 a 0.

Já no segundo tempo, o Santa Cruz voltou melhor e o Tupi diminuiu o ritmo. O técnico Ricardo Drubsky colocou Henrique no lugar de Luciano Ratinho e a substituição não agradou alguns torcedores. "Não entendi a substituição. O Luciano Ratinho é o atleta que arma as jogadas na equipe e o time ficou um pouco perdido depois que ele saiu", opina o torcedor Rafael Mendoza. Drubsky comentou, após a partida, que percebeu que o meia já estava cansado e buscou dar mais velocidade ao time com a substituição. "Infelizmente não conseguimos encaixar as jogadas e poderíamos ter saído com um resultado melhor se aproveitássemos os espaços deixados pelo Santa Cruz."

Em um dos últimos lances da partida, Marcel dominou a bola no peito após a cobrança de um escanteio e chutou forte, mas a bola passou por cima do gol. Para o atacante Ademilson, o time não soube aproveitar os espaços. "No segundo tempo o Santa Cruz colocou atacantes para tentar empatar e não soubemos aproveitar." O técnico do Santa Cruz, Zé Teodoro, acredita que o time sentiu a falta de ritmo de jogo. "Sentimos os 15 dias parados. Mas agora já conhecemos o adversário e vamos com tudo lá no Arruda."

Pressão da torcida Cobra Coral

O estádio do Arruda lotado, com previsão de mais de 60 mil pessoas, é um dos trunfos do time pernambucano para a grande decisão. Zé Teodoro comenta que a torcida acompanha o time e que a pressão será grande. "Vamos ser mais agressivos dentro de casa. Pode ter certeza que não irão menos do que 60 mil pessoas. Precisamos fazer o primeiro gol para pensar no segundo, e fazendo o primeiro vamos balançar o Arruda."

O técnico do Tupi não acredita que a pressão irá assustar os jogadores carijós. "A torcida não assusta. Sabemos que será muito difícil, um jogo quente e com muita pressão. Mas os nossos jogadores querem ser vencedores."

Postura do time no segundo jogo

O atacante Ademilson destaca que a equipe não pode pensar na vantagem adquirida em Juiz de Fora. Já Drubsky deixou o campo do Estádio Radialista Mário Helênio com a certeza de que o Tupi buscará a vitória fora de casa. "Hoje tive a certeza de que o nosso time não fica recuado. Temos um bom volume de jogo e vamos buscar a vitória lá no Recife."

Disputa de pênaltis

Caso o Santa Cruz vença a segunda partida por 1 a 0, a definição do título será nos pênaltis. Para o técnico do Tupi, essa possibilidade não mudará a rotina de treinamentos da equipe. "Temos um trabalho diário em que construímos uma postura de jogo para chegar aonde chegamos. Já fazemos treinamentos de pênaltis três a quatro vezes por semana. A sequência de treinos ao longo da temporada traz mais resultado do que intensificar apenas na última semana."

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken