Brasileiros no exterior estáo na expectativa para a Copa do Mundo
Brasileiros no exterior estão na expectativa para a Copa do Mundo
Mesmo com a distância, torcedores acompanham dia a dia da Seleção e torcem pelo Hexa
Repórter
5/06/2014
Quando Gustavo Mesquita (foto ao lado), 22, deixou o Brasil para estudar na Holanda, sabia que estava deixando também o sonho de ver uma Copa do Mundo "em casa" para trás. Mas os quase 10 mil quilômetros que separam Juiz de Fora de Vlissingen, uma cidade com cerca de 45 mil habitantes na região Sudoeste do país europeu, não diminuiu a expectativa do estudante para o torneio, pelo contrário.
Segundo Mesquita, o clima é de euforia e expectativa para a Copa. "Está tudo ficando laranja por aqui. Supermercados, casas, na empresa aonde sou estagiário, em todos os lugares. Os holandeses são tão fanáticos por futebol quanto os brasileiros, só que no jeito deles", explica.
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Essa situação, no entanto, é oposta a vivida pelo também estudante Felipe Almeida (foto abaixo, à esquerda), 22, que está em Montreal, a segunda cidade mais populosa do Canadá. "Os canadenses em geral não são muito aficionados por futebol, então eu não tenho sentido o clima da Copa por aqui. Eu já cheguei a ler umas duas notícias no jornal local. Nesse final de semana eu fui a uma lanchonete que estava com decoração, as vidraças cheias de desenhos da taça e de bolas, mas foi o único estabelecimento que vi assim. Várias pessoas quando ficam sabendo que eu sou do Brasil me perguntam se eu estou animado pra Copa, mas o povo aqui é apaixonado mesmo por hockey", conta.
A situação é semelhante à vivida pela publicitária Victória Freitas (foto abaixo, à direita), 24. Morando há um ano em Estocolmo, capital da Suécia, ela conta que a expectativa era grande pela Copa do Mundo até a eliminação do país. "Eu vi alguns suecos muito animados até o jogo em que eles perderam para Portugal e, consequentemente, foram desclassificados para participar da Copa do Mundo. Agora eu não vejo as pessoas daqui animadas", afirma.
Todos os três assistem pela primeira vez a Copa do Mundo no exterior. E cada um se vira como pode para torcer pela Seleção. "Estou fazendo estágio em uma empresa com mais quatro brasileiros, então a gente está conversando com os nossos chefes para folgarmos no horário dos jogos. Eles são mais flexíveis, então com isso a gente não vai ter problema", diz Almeida. Na Suécia, Victória diz que a diferença de fuso horário vai ajudar. "Não vou precisar parar nada, porque os horários dos jogos não coincidem com meus compromissos. Morar com 5 horas de diferença tem lá suas vantagens!", brinca.
Torcida
Fã de futebol, e em um país foi vice-campeão do último torneio, Mesquita sabe que para torcer pelo Brasil, terá que enfrentar concorrência. "Trouxe minha camisa do Brasil e acompanho tudo da Copa pela internet. Estou combinando de ver jogos com amigos, principalmente quando for Brasil e Holanda ou Brasil e Espanha (combinações possíveis na segunda fase) por exemplo, já que tenho um amigo espanhol aqui na cidade. Além disso já fazendo um estoque de cerveja e comprei uma camisa laranja, caso o Brasil não avance", afirma.
Na Suécia, os brasileiros também já estão se movimentando para torcer juntos. "Já tem muita gente perguntando a respeito, em grupos do Facebook, e tentando organizar um lugar para assistir aos jogos", relata Victória. Já no Canadá, Almeida garante que os brasileiros vão fazer barulho. "Vários bares que passam transmissões de eventos esportivos, vão passar os jogos da Copa. Os brasileiros do meu edital do Ciências Sem Fronteiras já combinaram de ir ao mesmo bar, perto da nossa universidade, ver a estreia da Seleção. Vamos fazer bastante barulho aqui!", comenta.